ATA DA TRIGÉSIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO
LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 02-5-2007.
Aos dois dias do mês de
maio do ano de dois mil e sete, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio
Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze
minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos Vereadores Adeli
Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Claudio Sebenelo, Dr.
Raul, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Antonio Dib,
João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Marcelo Danéris, Maria Celeste,
Maristela Maffei e Nereu D'Avila. Constatada a existência de quórum, a Senhora
Presidenta declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram
os Vereadores Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini,
Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Luiz Braz, Márcio
Bins Ely, Margarete Moraes, Maria Luiza, Mario Fraga, Maristela Meneghetti,
Neuza Canabarro, Newton Braga Rosa, Nilo Santos, Professor Garcia, Sebastião
Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador
Aldacir Oliboni, o Projeto de Lei do Legislativo no 191/06 (Processo
nº 4358/06); pelo Vereador João Carlos Nedel, o Pedido de Providência nº
951/07; pelo Vereador José Ismael Heinen, os Pedidos de Providência nos
947, 948, 949 e 950/07, os Projetos de Lei do Legislativo nos 053 e
056/07 (Processos nos 1672 e 1766/07, respectivamente); pela
Vereadora Maria Luiza, os Pedidos de Providência nos 924, 925, 926,
927, 928, 929, 930, 931, 932, 933, 934, 935, 936, 937, 938, 939, 940, 941, 942,
943, 944, 945 e 946/07, o Projeto de Lei do Legislativo nº 028/07 (Processo nº
1250/07); pelo Vereador Newton Braga Rosa, o Projeto de Lei do Legislativo no
066/07 (Processo nº 2045/07). Do EXPEDIENTE, constaram: Ofícios nos
206/07, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre; 899/07, do Fundo
Nacional de Saúde do Ministério da Saúde; 080, 094 e 196/07, do Senhor Paulo
Roberto Teixeira Guerra, Gerente da GTES/GEFIN/GF do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social –BNDES. Na ocasião, constatada a inexistência de
quórum deliberativo, deixou de ser votada a Ata da Vigésima Quinta Sessão
Ordinária. Também, a Vereadora Maristela Maffei manifestou-se a respeito de providências tomadas, em conjunto com este Legislativo, na
busca de solução para famílias ameaçadas de desocupação compulsória em áreas
localizadas no Bairro Lomba do Pinheiro. Em PAUTA, Discussão Preliminar,
estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos
014/07, discutido pelos Vereadores João Antonio Dib, Márcio Bins Ely, José
Ismael Heinen e Guilherme Barbosa, 029/07, discutido pelo Vereador João Antonio
Dib, 039/07, discutido pelos Vereadores João Antonio Dib, José Ismael Heinen e
Carlos Comassetto, o Projeto de Resolução nº 039/07; em 3a Sessão,
os Projetos de Lei do Legislativo nos 026, 030 e 031/07, discutidos
pelo Vereador João Antonio Dib, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº
006/07, discutido pelos Vereadores Márcio Bins Ely, José Ismael Heinen e
Guilherme Barbosa; em 5a Sessão, o Projeto de Resolução nº 042/07,
discutido pelos Vereadores Guilherme Barbosa e Carlos Comassetto. Na
oportunidade, por solicitação do Vereador Nereu D'Avila, foi realizado um
minuto de silêncio em homenagem póstuma ao Senhor Ennio Terra, ex-Vereador deste Legislativo, falecido
ontem. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Marcelo Danéris apontou irregularidades no Edital de
licitação para permissão de uso parcial do Auditório Araújo
Viana, anunciando que impetrará
uma representação
perante o Ministério Público para que sejam tomadas as providências cabíveis a
esse respeito. Também, considerou
insuficientes os recursos destinados no Orçamento Municipal de Porto Alegre ao
Programa Fome Zero, alegando a necessidade de mobilização por parte desta Casa
para corrigir esse problema. O Vereador Dr. Goulart teceu considerações
a respeito de proposições apresentadas pelos Senhores Vereadores, que não
recebem o devido apoio por parte do Executivo Municipal. Nesse sentido, aludiu a Projetos de sua autoria que foram
rejeitados na Comissão de Constituição e Justiça deste Legislativo, sob a
alegação de vício de iniciativa, lembrando que, posteriormente, os
Executivos Federal e Municipal estudaram proposições semelhantes. O Vereador
José Ismael Heinen ratificou as manifestações do Vereador Dr. Goulart,
realizadas anteriormente em Comunicação de Líder e criticou o sistema tributário brasileiro, afirmando que a administração de tributos é centralizadora e enfraquece
os Municípios. Além disso, considerou
que a presença considerável de pedintes na Estação Rodoviária de Porto
Alegre ameaça a segurança dos passageiros que por ali circulam. Finalizando, asseverou que o programa Fome Zero
se encontra inoperante devido a deficiências de gestão por parte do Governo
Federal. O Vereador Luiz Braz discorreu acerca da concorrência pública para
contratação de serviços de restauração do Auditório Araújo Vianna, apoiando a
forma como o Governo Municipal vem conduzindo esse assunto e afirmando que
modificações em processos licitatórios durante seu curso são corriqueiras.
Também, comentou os resultados obtidos pelo Programa Fome Zero, alegando que
esse projeto foi utilizado de forma a angariar apoio político ao Partido dos
Trabalhadores e nunca foi posto efetivamente em prática. O Vereador Ervino
Besson elogiou as comemorações, ontem, do Dia do Trabalho, realizadas no
Anfiteatro Pôr-do-Sol, chamando a atenção para a quantidade de eventos
importantes para a Cidade, que vêm sendo realizados no local. Nesse sentido,
elogiou a participação da Força Sindical nessas comemorações e manifestou sua
admiração pelo Padre Marcelo Rossi, sustentando que a participação da Força
Sindical e desse sacerdote engrandeceram as festividades de ontem. O Vereador
Sebastião Melo, discorrendo sobre problemas cujas soluções são responsabilidade
dos governos municipais, defendeu a realização de uma Reforma Tributária que
garanta o repasse de mais recursos aos Municípios. Também, destacou a atuação
da Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação na defesa de famílias que
seriam removidas de áreas no Bairro Lomba do Pinheiro, amanhã, frisando que
deverá ser negociada uma solução que contemple os interesses de todos os
envolvidos nessa questão. O Vereador João Carlos Nedel registrou ter protolocado
o Projeto de Resolução nº 043/07, que cria a Frente Parlamentar do Turismo – FRENTUR –
na Câmara Municipal de Porto Alegre. Sobre o assunto, destacou que na sociedade
atual o turismo tem se apresentado como instrumento concreto de geração de
emprego e renda, afirmando que sua proposta objetiva um melhor aproveitamento
das potencialidades do Município em atividades atinentes ao setor de serviços e
alta tecnologia. A Vereadora
Clênia Maranhão saudou a inauguração da Unidade Mamãe Canguru do Hospital
Materno-Infantil Presidente Vargas, afirmando que esse espaço garante um
atendimento mais humanizado à mulher e à criança na fase neonatal. Ainda,
ressaltou que no dia dezesseis deste mês encerram-se as inscrições ao cargo de
Conselheiro Tutelar e informou que será agendada visita da Comissão de
Educação, Cultura, Esporte e Juventude ao Museu de Porto Alegre Joaquim
Felizardo. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO
DIA e aprovado Requerimento verbal formulado pela Vereadora Maria Celeste,
solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do
Dia, de acordo com o definido pelo Colégio de Líderes. Na ocasião, foram
apregoadas as Emendas nos 03 e 04, de autoria do Vereador Adeli
Sell, Líder da Bancada do PT, ao Projeto de Lei do Executivo nº 008/07
(Processo nº 1779/07). Também, foi aprovado Requerimento de autoria do Vereador
Adeli Sell, solicitando que as Emendas nos 03 e 04, apostas ao
Projeto de Lei Executivo nº 008/07, fossem dispensadas do envio à apreciação de
Comissões Permanentes. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de
Lei do Executivo nº 008/07, com ressalva das Emendas a ele apostas, por vinte e
um votos SIM e nove votos NÃO, após ser discutido pelos Vereadores Adeli Sell,
Marcelo Danéris, Carlos Todeschini, João Antonio Dib, Sofia Cavedon, Clênia
Maranhão, Carlos Comassetto, Elói Guimarães e Guilherme Barbosa e encaminhado à
votação pelo Vereador Adeli Sell, em votação nominal solicitada pelos Vereadores
Adeli Sell e João Antonio Dib, tendo votado Sim os Vereadores Almerindo
Filho, Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart,
Dr. Raul, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Antonio Dib,
João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Maria Luiza,
Mario Fraga, Maristela Meneghetti, Nereu D'Avila, Newton Braga Rosa, Nilo
Santos e Valdir Caetano e
Não os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini,
Guilherme Barbosa e Marcelo Danéris e as Vereadoras Margarete Moraes, Maristela
Maffei e Sofia Cavedon. Durante
a apreciação do Projeto de Lei do Executivo nº 008/07, os Vereadores Aldacir
Oliboni, Margarete Moraes e João Carlos Nedel cederam seus tempos de discussão,
respectivamente, aos Vereadores Marcelo Danéris, Adeli Sell e João Antonio Dib.
Na oportunidade, a Senhora Presidenta registrou as presenças, neste Plenário,
do Senhor Carlos da Silva, Presidente da Sociedade Comunitária Heróphilo Azambuja,
de crianças dessa instituição, que comparecem à Casa em atividade integrante do
Projeto “Te liga”, no combate à exploração sexual de crianças e adolescentes no
Município de Porto Alegre, e do Senhor Joaquim Proença Sigaud, Coordenador
desse Projeto. Após, foi rejeitada a Emenda nº 03, aposta ao Projeto de Lei do
Executivo nº 008/07, por nove votos SIM e vinte e um votos NÃO, em votação
nominal solicitada pelo Vereador João Antonio Dib, tendo votado Sim os Vereadores
Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Guilherme
Barbosa e Marcelo Danéris e as Vereadoras Margarete Moraes, Maristela Maffei e
Sofia Cavedon e Não os Vereadores Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Claudio
Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Dr. Raul, Elói Guimarães, Ervino Besson,
Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz
Braz, Márcio Bins Ely, Maria Luiza, Mario Fraga, Maristela Meneghetti, Nereu
D'Avila, Newton Braga Rosa, Nilo Santos e Valdir Caetano. Foi rejeitada a
Emenda nº 04, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 008/07, por nove votos
SIM e vinte e um votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador João
Antonio Dib, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos
Comassetto, Carlos Todeschini, Guilherme Barbosa e Marcelo Danéris e as
Vereadoras Margarete Moraes, Maristela Maffei e Sofia Cavedon e Não os
Vereadores Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Clênia
Maranhão, Dr. Goulart, Dr. Raul, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza,
João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Márcio Bins
Ely, Maria Luiza, Mario Fraga, Maristela Meneghetti, Nereu D'Avila, Newton
Braga Rosa, Nilo Santos e Valdir Caetano. Em prosseguimento, foi aprovado
Requerimento verbal formulado pelo Vereador Bernardino Vendruscolo, solicitando
alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Em
Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº
240/06, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores Bernardino Vendruscolo,
João Antonio Dib e Adeli Sell. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto
de Lei do Executivo nº 026/06, o qual teve sua discussão adiada por uma Sessão,
a Requerimento, aprovado, de autoria da Vereadora Clênia Maranhão. Em Discussão
Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 235/05, com
ressalva das Emendas a ele apostas, por vinte e um votos SIM e duas ABSTENÇÕES,
em votação nominal solicitada pelo Vereador Guilherme Barbosa, tendo votado Sim
os Vereadores Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Clênia
Maranhão, Dr. Goulart, Dr. Raul, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de
Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz,
Márcio Bins Ely, Margarete Moraes, Maria Luiza, Maristela Meneghetti, Nereu
D'Avila, Newton Braga Rosa, Nilo Santos e Professor Garcia e optado pela
Abstenção o Vereador Guilherme Barbosa e a Vereadora Maristela Maffei. Foram
aprovadas as Emendas nos 01 e 02, apostas ao Projeto de Lei do
Legislativo nº 235/05. Em
Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei do Legislativo nº 077/06, o
qual teve sua discussão adiada por uma Sessão, a Requerimento, aprovado, de
autoria do Vereador Adeli Sell. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto
de Lei Complementar do Legislativo nº 001/00, o qual, após ser discutido pelo
Vereador João Carlos Nedel, teve sua discussão adiada por uma Sessão, a
Requerimento, aprovado, de autoria do Vereador Carlos Comassetto. Às dezessete
horas e trinta e dois minutos, constatada a inexistência de quórum, em
verificação solicitada pelo Vereador Elói Guimarães, a Senhora Presidenta
declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a
Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelas
Vereadoras Maria Celeste e Neuza Canabarro e pelo Vereador Aldacir Oliboni e secretariados pelos Vereadores Alceu Brasinha e João Carlos
Nedel.
Do que eu, Alceu Brasinha, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente
Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pela Senhora
Presidenta.
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Solicito ao
Sr. 2º Secretário que proceda à leitura das proposições apresentadas à Mesa.
O SR. 2º SECRETÁRIO (João Carlos Nedel): (Lê as
proposições apresentadas à Mesa.)
(A Verª Neuza Canabarro assume a presidência dos
trabalhos.)
A SRA. PRESIDENTE (Neuza Canabarro): Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05
oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC. Nº 0870/07 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 014/07, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que veda às
instituições financeiras, ao comércio em geral e às demais instituições que
efetuam cobrança no Município de Porto Alegre acrescer ao valor da prestação, a
qualquer título, parcela destinada a transferir ao consumidor o custo do
serviço da cobrança ou da emissão de carnê ou de boleto bancário e dá outras
providências.
PROC. Nº 1251/07 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 029/07, de autoria da Verª Maria Luiza, que acrescenta inc. III ao
art. 2º-A da Lei nº 8.880, de 16 de janeiro 2002, e alterações posteriores, que
disciplina, no Município de Porto Alegre, a venda domiciliar de gás
engarrafado, exigindo da empresa requerente, para a emissão do Alvará de
Autorização, comprovação de inscrição e recolhimento de contribuição
previdenciária junto ao Instituto Nacional do Seguro Social- INSS.
PROC. Nº 1414/07 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 039/07, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que institui, no
âmbito do Município de Porto Alegre, diretrizes para criação do Museu
Farroupilha e dá outras providências.
PROC. Nº 1568/07 -
PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 039/07,
de autoria da Verª Maria Celeste, que concede o título honorífico de Líder
Comunitária à Senhora Vera Regina da Silva Vargas.
3ª SESSÃO
PROC. Nº 1248/07 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 026/07, de autoria da Verª Maria Luiza, que altera o “caput” do
art. 3º da Lei nº 3.397, de 2 de julho
de 1970, que disciplina o Comércio de Jornais e Revistas nas vias públicas e
outros logradouros públicos e dá outras providências, e alterações posteriores,
incluindo a obrigação, ao licenciado ou a seus auxiliares, do recolhimento de
contribuição previdenciária ao Instituto Nacional do Seguro Social – INSS -,
para o exercício da atividade licenciada, e excluindo-lhes a obrigação da
inscrição na Associação ou no Sindicato de Classe para esse exercício.
PROC. Nº 1252/07 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 030/07, de autoria da Verª Maria Luiza, que altera o § 1º do art.
1º da Lei nº 7.865, de 22 de outubro de 1996, que autoriza o Comércio Ambulante
com fim específico para conserto de sapatos e dá outras providências,
assegurando o direito de preferência aos artesãos que já exercem essa atividade, bem como aos que recolhem
contribuição previdenciária junto ao Instituto Nacional do Seguro Social –
INSS.
PROC. Nº 1253/07 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 031/07, de autoria da Verª Maria Luiza, que altera o § 1º do art.
1º da Lei nº 4.555, de 30 de abril de 1979, e alterações posteriores, que
autoriza o Município a permitir licenças para o exercício do comércio ambulante
e dá outras providências, incluindo preferência às permissões para os
licenciados que estejam inscritos e que recolham contribuição previdenciária
junto ao Instituto Nacional do Seguro Social – INSS.
PROC. Nº 1312/07 -
PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 006/07, de autoria do Ver. Professor Garcia, que
altera a ementa, o art. 1º e o art. 3º da Lei Complementar nº 493, de 19 de
agosto de 2003, que dispõe sobre segurança em estabelecimentos comerciais e congêneres, altera a Lei
Complementar nº 284, de 27 de outubro de 1992, e alterações posteriores, e dá
outras providências, incluindo proibição de qualquer atividade ligada ao transporte
de valores durante o horário de atendimento ao público, em centros comerciais,
“shopping centers” ou similares, bem como nos horários destinados à entrada e à
saída de alunos, nas áreas próximas a escolas.
5ª SESSÃO
PROC. Nº 1877/07 -
PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 042/07,
de autoria da Mesa Diretora, que inclui art. 63-A na Resolução nº 1.178, de 16
de julho de 1992 (Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre), e alterações
posteriores, possibilitando, por deliberação da Mesa e das Lideranças, mediante
Resolução de Mesa, a constituição de Comissão Especial para avaliar e discutir
a implementação do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental (PDDUA),
bem como para propor-lhe correções e complementações e relatar projetos que
disponham sobre sua alteração.
A SRA. PRESIDENTE (Neuza Canabarro): O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Srª
Presidenta, com a permissão do Ver. João Dib, rapidamente eu quero dizer a esta
Casa e também às pessoas que estão nos assistindo que, por intermédio da nossa
Presidente, Maria Celeste, com o Ver. Raul Carrion e a comunidade, nós fomos
recebidos, hoje de manhã - conforme encaminhamento feito em reunião anterior
sobre a questão da desocupação da Chácara Barreto, no Bairro Lomba do Pinheiro
-, pelo Vice-Prefeito, bem como pelo Secretário Clóvis. E, depois, na Casa
Civil, com o Dep. Záchia, conseguimos, por meio de uma mobilização, sustar a
desocupação que aconteceria amanhã de manhã; ganhamos um prazo de oito dias.
Ontem entramos com uma proposta para que aquele local seja decretado como de
utilidade pública, acionando-se os órgãos federais e municipais, para que
aquela comunidade adquira aquela área.
Então, acho que foi uma grande vitória e
importantíssima, porque 1.200 pessoas estavam em risco de serem despejadas.
Obrigada pela atenção e pela tolerância do Ver.
João Dib.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Verª Neuza
Canabarro, na presidência dos trabalhos; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, no dia de hoje, em
Pauta, quatro novos Processos. A Verª Maria Luiza continua perseguindo a idéia,
o objetivo de ajudar a Previdência Social, fazendo com que, de qualquer forma,
as pessoas apresentem a sua inscrição no INSS para as diferentes funções que
vierem a exercer.
Eu acho que nós estamos fazendo leis, leis e mais
leis, e não vamos resolver o problema. Mas, de qualquer forma, é um esforço que
ela faz no sentido de ajudar a Previdência Social. São quatro já os Projetos
dela nesse sentido.
O Ver. Haroldo de Souza, sentindo os anseios de
cada um de nós, que ficamos brabos quando nos cobram o DOC pelo qual pagamos R$
2,50 na conta que vem do supermercado, quando se tem cartão, quer proibir essa
cobrança. A idéia dele é excelente, apenas nós não temos, no Município, no
Legislativo Municipal, condições de fazer essa proibição que vai muito além da nossa Lei Orgânica e entra
na constituição de atividades privadas, serviços; é muito complicado. Mas que a
idéia dele está correta, está correta. Não tem sentido um banco, que ganha
recolhendo o nosso dinheiro, ainda nos cobrar para recolhê-lo; ou que o
supermercado que nos vende receba o dinheiro que nós vamos pagar e ainda nos
cobre para que nós paguemos. Mas, de qualquer forma, fica a idéia, que é
excelente, mas há a impossibilidade de que se faça, através de legislação
municipal, a proibição que ele tanto deseja; não é ele só que deseja. Eu acho
que a população toda desejaria igual.
O
Ver. Bernardino Vendruscolo quer instituir, no âmbito do Município, diretrizes
para a criação do Museu Farroupilha e dá outras providências. Não é uma atividade
que cabe ser disposta pelo Legislativo; é uma atividade cuja definição cabe ao
Prefeito, e a Lei Orgânica é clara no seu art. 94, quando define que não se
podem criar serviços e encargos para o Município, não se podem criar cargos, e
ele está criando um conselho com cargos, evidentemente. Então, eu acho boa a
idéia de fazer um museu das nossas tradições e da nossa história, mas, de
qualquer forma, tem que buscar uma outra solução, porque, se a Casa aprovar, o
Prefeito provavelmente irá vetar, porque contraria a disposição da Lei
Orgânica.
Dos
demais processos que estão em 3ª Sessão de Pauta, já foram discutidos três da
Verª Maria Luiza, buscando, como eu disse, inscrição junto ao INSS para
diferentes serviços que a Cidade recebe através de prestadores de serviços. E
hoje o que ela quer é que as empresas que fornecem gás engarrafado sejam
obrigadas, para emissão do alvará, a comprovar a inscrição e o recolhimento da
contribuição previdenciária junto ao Instituto Nacional de Seguridade Social.
De qualquer forma, é um esforço. Vale a pena lembrar que a Previdência Social
do País vai muito mal. Mas vai mal, porque o Governo gasta o dinheiro da
Previdência em outras atividades, que não são as da Previdência. Historicamente
fez isso, e não se vai resolver agora com um Projeto de Lei dessa forma.
Obrigado.
Saúde
e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Obrigada, Vereador.
O SR. NEREU D’AVILA (Requerimento): Srª Presidenta, requeiro um minuto de
silêncio em homenagem ao ex-Vereador Enio Terra, falecido no dia de ontem.
Por
algum tempo, embora durante um período tenha sido Suplente, mas, depois, com o
Prefeito Collares, levando titulares, ele teve um mandato nesta Câmara,
exercendo-o com muita dignidade.
Então,
requeremos um minuto de silêncio em homenagem ao ex-Vereador Enio Terra.
A SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Deferimos o pedido.
(Faz-se
um minuto de silêncio.)
A SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra
para discutir a Pauta.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Srª Presidenta, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, venho a esta tribuna, hoje,
no período de Pauta, para fazer algumas considerações a respeito de dois
Projetos de Lei.
O
primeiro deles cumpre primeira Sessão de Pauta, Projeto de Lei do Legislativo
nº 014/07, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que veda às instituições
financeiras, ao comércio em geral e às demais instituições que efetuam
cobranças no Município de Porto Alegre acrescer ao valor da prestação, a
qualquer título, parcela destinada a transferir ao consumidor o custo do
serviço da cobrança, da emissão de carnê ou de boleto bancário e dá outras
providências.
Quero-me
somar aqui a esta iniciativa do Ver. Haroldo de Souza. Realmente nós sabemos,
como disse o Ver. João Dib, que essas cobranças por tarifa bancária, por
serviços bancários geralmente vão sendo incluídas nos carnês de aluguel -
R$3,60; R$4,80; R$5,20; R$ 2,80 -, e não só de aluguel, mas nas cobranças de
carnês parcelados, compras de bens móveis, eletrodomésticos, enfim, e
geralmente quem acaba pagando esta conta, que não deixa de ser também mais um
lucro, mais uma forma de captar recursos do sistema financeiro, é o consumidor.
Então, quero-me somar a esta iniciativa do Ver. Haroldo, dizer que será uma
batalha dura, pois este é um Projeto difícil de nós conseguirmos fazer com que
se concretize, transforme-se em Lei, mas é uma iniciativa importante que traz
para o debate um tema relevante. Essas são as minhas primeiras considerações.
Eu
gostaria também de fazer aqui menção ao Projeto de Lei nº 006/07, de autoria do
Ver. Professor Garcia, que altera a Ementa, o artigo 1º e o artigo 3º da Lei
Complementar nº 493, de 19 de agosto de 2003, que dispõe sobre segurança em
estabelecimentos comerciais e congêneres, alterando a Lei Complementar nº 284,
de 27 de outubro de 1992, e alterações posteriores, e dá outras providências,
incluindo a proibição de qualquer atividade ligada ao transporte de valores
durante o horário de atendimento ao público, em centros comerciais, shopping
centers ou similares, bem como nos horários destinados à entrada e saída de
alunos nas áreas próximas às escolas. Ora, nós bem sabemos, Ver. Ervino, que
esses carros-fortes, esses malotes de transporte de valores, muitas vezes são
surpreendidos, são assaltados, envolvendo tiroteio, com inclusive a morte de
seguranças, de motoristas. Quero-me somar também a esta iniciativa do Ver.
Professor Garcia; acho oportuna e, fundamentalmente nesta parte final do texto,
que diz respeito aos horários destinados à entrada e saída de alunos nas
proximidades de áreas escolares. Nós sabemos que esta é uma atividade perigosa,
pode ser tranqüilamente realizada fora deste horário escolar, fora deste
horário de expediente, principalmente na entrada e saída de colégio, ou seja,
nos primeiros horários da manhã, nos horários próximos ao meio-dia, no início
da tarde e no final da tarde, que é quando as crianças, os adolescentes, saem
da escola e podem estar sendo usados como escudo pelos bandidos. Nós sabemos
que, geralmente, esse tipo de serviço, até por precaução, já vem sendo
realizado fora do horário de expediente, mas nada melhor do que uma
regulamentação, nada melhor do que uma iniciativa, através de um Projeto de
Lei, para estabelecer um regramento a esse respeito - trazendo, assim,
tranqüilidade à comunidade, tranqüilidade à comunidade escolar também -, quando
estabelece e determina um horário para esse tipo de atividade, fazendo, então,
com que o índice de risco à comunidade, em função dos grandes movimentos - no
que diz respeito ao shopping centers, fundamentalmente -, sejam
reduzidos. E a gente sabe que os shopping centers funcionam a partir das
10 horas da manhã. Portanto, um horário tranqüilo de se fazer este tipo de
operação seria no início da manhã, sem oferecer risco aos consumidores nesses
estabelecimentos na nossa Capital. Então, são estas as considerações de hoje,
no período de Pauta, Senhora Presidenta. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Obrigada, Ver.
Márcio Bins Ely.
O Ver. José Ismael
Heinen está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN:
Excelentíssima Verª Neuza Canabarro, na presidência dos trabalhos, nobres
colegas Vereadoras, nobres colegas Vereadores e público que nos assiste, temos
diversos projetos em Pauta hoje. O primeiro Projeto é muito salutar, pois o
comprador, o pagador, que é o que mais paga imposto, também paga o custo da
cobrança de carnês. Seria muito bom se nós tivéssemos um Legislativo neste País
que se equiparasse aos outros Poderes, um Poder Legislativo que se igualasse
aos outros Poderes, formulando leis que realmente pudessem resolver essas
coisas que assolam, verdadeiramente, as dificuldades do nosso povo, porque o
Legislativo foi criado para isso, é ele que interage com a população - com
certeza isso iria gerar vício, e nós não conseguiríamos. Agora, também não
adianta muito, pois isso é transferido para os juros, para os custos, e fica
tudo a mesma coisa.
Temos um Projeto de autoria do nosso colega Ver.
Bernardino Vendruscolo, que institui diretrizes para criação do Museu
Farroupilha e dá outras providências. Quero dizer ao nobre colega que tudo que
tratar sobre gauchismo nesta Cidade, que tratar da cultura tradicionalista, eu
não sei se é bem-vindo pelo nosso Poder Público, porque foi aprovada por esta
Câmara, por unanimidade, a cidade gaúcha em que tudo isso estaria
representando, o Museu Farroupilha, o museu ao vivo, mas infelizmente foi
vetado pelo Sr. Prefeito, e depois a Câmara não teve a coragem, talvez, de
derrubar o veto do Prefeito, sendo que, hoje, nós teríamos, com certeza, um
turismo mais desenvolvido em Porto Alegre, fazendo jus a essa cultura
maravilhosa, que é a cultura farroupilha.
Mas quero me ater ao Projeto do Ver. Professor
Garcia, uma vez que ele se reporta à questão da segurança, a qual está, a cada
dia, nos horrorizando, cada vez mais, neste País que está estarrecido com as
mortes, com os crimes, com as balas perdidas, com os reféns, com o traumatismo
não só das mortes, mas de ficar sob a mira de revólveres. E quando nós
caminhamos em Porto Alegre e vemos essas companhias de transportes de valores,
quando encostam os seus carros, quando vemos a maneira com que os agentes de
segurança, os vigilantes, se comportam, ostensivamente, com a mão no revólver,
não é muito bom, não é uma boa demonstração para os nossos filhos, para a nossa
cultura. Logicamente que eles têm que ser precavidos, eles têm que trabalhar
com um certo teor de segurança pessoal, mas seria muito bom se eles pudessem
fazer isso em horários que não fossem tão ostensivos, em horários em que eles
também pudessem ter garantia. Temos que pensar numa maneira, acho que no
decorrer dos debates deste Projeto, para poderemos colaborar.
E, também, aproveitando este momento, já que os
projetos de denominações de ruas não entram mais em Pauta, eu quero falar do
meu estarrecimento, pois eu encaminhei, em junho do ano passado, a denominação
de uma rua para uma pessoa que merece muito - os familiares cobram, porque a
gente pediu o atestado de óbito do nosso grande Poeta Nelson Nilo Fachinelli -,
e o Projeto está rodando nas Comissões, não vem, não anda. Só na Comissão de
Educação e Cultura, demoraram cinco meses - de janeiro a junho - para dar um
parecer, ou seja, já está fazendo mais de cem dias. Não vamos brincar para dar
o nome de uma rua, em Porto Alegre, para uma pessoa que merece. Só porque, de
repente, um democrata apresenta a solicitação de uma rua, as pessoas que não
são daquele Partido vão começar sentar em cima dos projetos de denominação de
ruas que fazem justiça à nossa Cidade. Então, eu até gostaria de pedir vênia à
nossa Presidenta para tocar neste assunto, mas eu acho que isso também faz
parte da Pauta.
O Sr. Adeli Sell: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Ismael, V. Exª, pelo Regimento, pode
requisitar, depois do 14ª dia, que vá para a Comissão seguinte e, em não sendo
atendido, V. Exª pode acionar a Presidência da Câmara, coisa que eu venho
fazendo, com freqüência, porque eu concordo que isso é inadmissível. Siga o meu
exemplo: eu já fiz isso e vou brigar para que os Projetos caminhem nesta Casa.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exatamente. Eu agradeço a interferência do nobre colega. A gente não quer chegar a
esse ponto, mas vou me somar, com certeza, daqui para frente, com a maneira com
que vem agindo Vossa Excelência. Um outro exemplo: o art. 81 é mal visto nesta
Casa. Srª Presidente, desculpa pelo desabafo, mas nós temos que ser, aqui, os
agenciadores do bom exemplo para a nossa comunidade. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Obrigada, Ver.
Ismael Heinen.
O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. GUILHERME BARBOSA: Verª Neuza
Canabarro, que dirige a nossa Sessão; colegas Vereadores, Vereadoras, demais pessoas
que nos acompanham, de fato esse Projeto que apresenta o Ver. Haroldo de Souza
é muito interessante, pois veda que as instituições financeiras, o comércio em
geral e as demais instituições que efetuam cobrança no Município de Porto
Alegre acrescentem ao valor da prestação, a qualquer título, parcela destinada
a transferir ao consumidor o custo do serviço da cobrança, da emissão de carnê
ou de boleto bancário. É interessante, porque todos nós sabemos que quem
executa essa cobrança termina manipulando um volume de recursos significativos
daquelas pessoas que são cobradas e, portanto, tem um resultado financeiro
desse trabalho. Não tem por que, ao ter essa vantagem, querer obter vantagem
por outro lado, que é cobrar mais uma taxa. Portanto nós temos simpatia por
este Projeto. Eu temo, no entanto, que haja algum problema sob o ponto de vista
da hierarquia das leis, da possibilidade de nós legislarmos sobre este tema,
uma vez que me parece ser esse tema um tema que deveria ser analisado em nível
federal. Então, com certeza,
a Procuradoria da Casa já deve ter se manifestado, a nossa Comissão de
Constituição e Justiça também o fará, mas o mérito do Projeto, da iniciativa, é
importante, é bom porque traria uma justiça nesse aspecto.
Quero
também comentar esse Projeto do Ver. Garcia, que também acho importante, com
relação à movimentação de valores em grandes estabelecimentos comerciais,
determinando que essa movimentação se faça depois do horário de atendimento ao
público, bem como nos horários destinados à entrada e saída de alunos, nas
áreas próximas das escolas. Não haverá dificuldade nenhuma para os
estabelecimentos bancários e os grandes centros comerciais se organizarem com
relação a esse horário, evitando que as pessoas, os consumidores, os
transeuntes fiquem à mercê de uma bala perdida, enfim, de um tiroteio. Acho que
é importante. Não sei também se não haverá algum nível de dificuldade do ponto
de vista da legalidade, pois estaria, talvez, interferindo na modalidade
comercial, Ver. Newton. Mas é evidente que o mérito, a intenção é boa.
Por
último, eu gostaria de comentar um Projeto que já está na quinta Sessão, que é
o Projeto de Resolução n° 042/07, da Mesa Diretora, que dispõe sobre o
estabelecimento de uma Comissão Especial, na Câmara, para a do Plano Diretor.
Temos visto que a intenção do Executivo Municipal é encaminhar um Projeto de
modificação do atual Plano Diretor, no final desse semestre, ou no começo do
outro, e esta Câmara, assim como fez na instituição do próprio Plano Diretor em
vigência, vai organizar uma Comissão cuja proposta é que haja a presença de 12
Vereadores, para analisar as possíveis modificações que o Executivo mandará
para a Casa. Nós temos acompanhado muito isso - como disse já em outra ocasião:
depois da Lei Orgânica, essa é a Lei mais importante da Cidade -, e nós temos
visto, na verdade, que até agora, Ver. Todeschini, embora o Secretário tenha
dito que é um processo de grande debate, na verdade tem sido um processo muito
fechado. O Secretário vai ao local, apresenta o Projeto e, inclusive, vai
embora. Eu estava no Instituto de Arquitetos do Brasil, o Secretário apresentou
e foi embora; sequer deu um até logo, e nem pediu licença para se ausentar. Ele
foi embora sem dizer nada, e, portanto, não houve a possibilidade de debate com
o Secretário.
Até
agora não houve debate sobre a proposta que o Executivo tem apresentado. O que
nós temos visto é uma proposta muito restrita, apenas na macrorregião, que não
leva em conta questões ambientais. As Áreas de Interesse Cultural foram diminuídas,
embora aumentadas em número. Se somarmos os metros quadrados, é menor do que um
estudo feito anteriormente entre a Prefeitura e a Ritter dos Reis. Diminuiu a
possibilidade, e sabemos que não há cidade que possa manter a sua história
cultural, a sua história construída, se não mantiver essas áreas que a
Prefeitura está reduzindo. Não se fala em crescimento econômico, não se fala em
incentivo industrial, não se fala em meios de transporte, e assim por diante. É
um Projeto muito restrito. Nós estamos atentos a ele e vamos discutir bastante.
Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
(A
Verª Maria Celeste reassume a presidência dos trabalhos.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; colegas Vereadores, colegas Vereadoras,
senhores e senhoras, quero aqui fazer um pequeno comentário a respeito do
Projeto de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que institui, no âmbito do
Município de Porto Alegre, diretrizes para a criação do Museu Farroupilha e dá
outras providências. Eu pactuo da postura do Ver. João Antonio Dib de que isso
deveria ser da iniciativa do Executivo Municipal. Todavia, tenho que afirmar
que o Município de Porto Alegre está devendo sobre a compreensão global desse
tema cultural, que é o tradicionalismo do gaúcho, para nós termos um Projeto
mais arrojado. E aproveito para informar aos colegas Vereadores e Vereadoras
que, neste ano, estamos concedendo o Prêmio Glaucus Saraiva para o Sr. Paixão
Côrtes, que estará completando 80 anos de idade e 60 anos que fundou o
Movimento Tradicionalista Gaúcho.
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Carlos Roberto Comassetto, eu
não tenho nada contra o Museu Farroupilha, acho que deve existir; apenas acho
que, se nós, Vereadores, cuidássemos mais de fiscalizar o cumprimento das leis,
realizaríamos muito mais para a Cidade do que fazendo projetos de leis, mais
projetos de leis, mais projetos de leis, apenas isso.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Muito
obrigado, Ver. João Antonio Dib. Também quero aqui trazer meu ponto de vista a
respeito do Projeto de Resolução nº 042/07, da Mesa Diretora, que cria a
Comissão Especial para tratar do tema “Revisão do Plano Diretor”. Creio que
está acertada, está correta a proposta da Mesa de criar essa Comissão com 12
Vereadores, ou seja, um terço. Na proporcionalidade dos Partidos que
representam esta Casa , não poderia ser de outra forma. E criarmos as cinco
sub-Comissões de Relatoria. Agora, quero fazer uma constatação, nossa querida
Presidenta: na proposta que estamos fazendo, por exemplo, criamos a
sub-Relatoria nº 1, que é do Desenvolvimento Urbano, para tratar as sete
estratégias que estão apontadas e o modelo espacial.
Na proposta que o Executivo elaborou até agora, que
apresentou para a sociedade, ela está vendendo, Ver. Marcelo Danéris, uma falsa
postura política, pois hoje está no site da Prefeitura, dito pelo nosso
Secretário do Planejamento: “A Cidade está inaugurando um novo processo de
discussão nunca visto de planejamento participativo”. É verdade, nunca visto!
Porque isso não é planejamento participativo, isso é monólogo participativo, ou
seja, o Secretário vai lá e fala qual é a proposta do Executivo, fecha seus
trabalhos, bota embaixo do braço e vai embora. Isso não é planejamento
participativo; se fosse, Vereadores e Vereadoras, poderíamos dizer que a
proposta que estamos elaborando para ter a visão de todo o Plano Diretor, Srª
Presidenta, no que diz respeito à Relatoria nº 1, o Executivo Municipal não
enviou nada, porque ele não está reavaliando o modelo espacial, e muito menos
as estratégias, Ver.Carlos Todeschini. As estratégias em que ele está
trabalhando, inclusive, são insuficientes, e trago uma aqui, vou bater nesta
tecla junto com os nossos companheiros e companheiras, por exemplo, a
estratégia de qualificação ambiental. Enviou, sim, um estudo que é muito
polêmico sobre as Áreas de Interesse Cultural. Mas onde estão os estudos sobre
as Áreas de Interesse do Ambiente Natural, que vão proteger os nossos morros,
os nossos arroios, as nossas nascentes, as nossas matas, os nossos corredores
biológicos?
Eu imaginava que o Secretário Municipal do Meio
Ambiente, com todo o seu discurso que tinha aqui nesta Câmara, inclusive de
oposição à política ambiental que a Administração Popular construiu nos 16
anos, elaborando desde o Atlas Ambiental e credenciando Porto Alegre no Fórum
do ICLEI [International Council
for Local Environmental Initiatives] [Governos Locais pela
Sustentabilidade] - que são as cidades na luta contra o aquecimento global -,
fosse apresentar uma proposta de estudo, para que nós pudéssemos analisar. Em
contrapartida, o que nós vemos é que, nessa estratégia, estudos da Secretaria
do Meio Ambiente é zero, e o Secretário Beto Moesch continua fazendo a política
como o ambientalista do Parcão, e não vendo a Cidade como um todo,
principalmente naquilo que nós precisamos corrigir e complementar no Plano
Diretor.
Portanto, Srª Presidenta, quero fazer esse registro
aqui para já contribuir com o debate do Plano Diretor. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Obrigada, Ver.
Comassetto.
O Ver. Marcelo Danéris está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. MARCELO DANÉRIS: Verª Maria
Celeste, Presidenta da Câmara; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras,
público que nos acompanha aqui e pela TVCâmara, quero trazer aqui, em nome da
Bancada do Partido dos Trabalhadores, no tempo de Comunicação de Líder, um
assunto importante que ocorreu hoje, Verª Margarete Moraes, em relação ao que
chamamos de “privatização branca” do Auditório Araújo Vianna em Porto Alegre.
Tivemos um debate hoje, aqui na TVCâmara, com o Secretário Municipal de Cultura
Sergius Gonzaga, para tratar do Araújo Vianna. Durante o debate, a Verª
Margarete Moraes contestou os laudos, e teve inclusive a concordância do
arquiteto Moojen, que é o arquiteto que realizou a obra do Araújo Vianna, sobre
os laudos feitos pela Prefeitura, inclusive de 2001, que garantiu a
possibilidade de manter o Araújo Vianna aberto por mais cinco anos, até 2005,
segundo os laudos que estão na SMOV, que nós já solicitamos. Mas, Ver. Luiz
Braz - que presta atenção - há uma coisa grave no Edital de concorrência para o
Araújo Vianna, pois este Vereador, ao ler e contestar o Secretário Sergius
Gonzaga, descobriu, Ver. Luiz Braz, que a cláusula 1ª, de Anexos, previa o
cercamento do Auditório Araújo Vianna. Este Vereador olhou todo o Edital
e descobriu, no item 11.13, o seguinte (Lê.): “O cercamento será feito com
grades de ferro redondo de diâmetro 12,5mm (...), blocos de concreto, cinco
portões de correr, cadeado de marca Papaiz e pintura de esmalte preto fosco”.
Ora, todos nós sabemos que a legislação exige que,
para cercamento de área pública, de praça e inclusive sendo o Parque
Farroupilha, tem que ter plebiscito. Foi tema de longos debates nesta Casa. Um
erro grave do Edital é que o próprio Secretário disse que não estava previsto
que tivesse o cercamento, e sim uma cerca viva, o que não é o que está no
Edital. O Secretário Sergius Gonzaga, muito responsável, e educadamente também,
disse que vai revisar o Edital, e é grande a possibilidade de que o Edital seja
suspenso, o “Edital de privatização” do Araújo Vianna. Nesse Edital ainda há
outros erros, Ver. João Dib. Há o erro que prevê um bar no Auditório Araújo
Vianna. Esse bar não está previsto como exploração do permissionário, mas, lá
pelas tantas, diz que é exploração do permissionário. Gerou uma confusão
jurídica que, na verdade, deveria ser aberta uma nova licitação para a
exploração de um bar dentro do Auditório.
Mas não menos grave, aqui dá o prazo para o
permissionário, Ver. Luiz Braz, que diz (Lê.): “Num prazo de 24 (vinte e
quatro) meses após a inauguração da obra, a permissionária (sic), [licitante] deverá providenciar a
troca das cadeiras e instalar novo sistema de iluminação no Auditório”. Ou
seja, vai-se fazer toda a obra, mas não vão trocar as cadeiras e nem o sistema
de iluminação. Mais grave ainda, Ver. Luiz Braz - que entende da Lei nº 8.666
-, no item seguinte do Edital, quando diz que, caso nesse meio tempo dos dois
anos depois da inauguração, a Prefeitura colocar recursos próprios de terceiros
para fazer as cadeiras e o sistema de iluminação, a permissionária terá que
devolver no mesmo valor para os cofres públicos? Não, mas em benefícios do entorno do Araújo Vianna, e ponto. Isso
não existe num Edital e nem na Lei nº 8.666. Ou seja, é uma série de erros que
tem o Edital. Portanto, eu anuncio aqui, como anunciei ao Secretário de forma
responsável e transparente, que eu e a Verª Margarete Moraes estaremos entrando
com uma representação, terça-feira da semana que vem, no Ministério Público
para que a Prefeitura responda. Mas, de qualquer forma, o Secretário diz que
vai analisar até lá, poderá suspender, anular completamente esse Edital até
terça-feira da semana que vem.
E, por último, e mais triste para a cidade de Porto Alegre - e quero
mostrar aqui na TVCâmara a capa do Jornal Diário Gaúcho de hoje. (Mostra
jornal.) (Lê.): “Fome Zero está parado na Capital”. Denúncia esta, Ver. Adeli
Sell, que cansamos de fazer desta tribuna, quando dissemos que o Orçamento da
Prefeitura de Porto Alegre estava cortado , e que haveria conseqüências graves
para a população de Porto Alegre! O Poder Público está ausente, a Cidade se
ressente da presença da Prefeitura! Pois, no Orçamento, Ver. Claudio Sebenelo,
do ano passado, sabe quanto estava previsto para o Projeto Fome Zero, para o
ano inteiro, Ver. Carlos Todeschini? Vinte mil reais! Sabem quanto foi pago em
consultoria? Um milhão e duzentos mil reais! Sabem quanto que foi pago em
publicidade? Um milhão e quatrocentos mil reais, da mesma Secretaria que
deveria financiar o Projeto Fome Zero, e que agora o abandona! E foram dadas
aqui diversas declarações de que foi abandonado, quando foram colocados vinte -
ridículos - mil reais no Projeto Fome Zero, para toda a Cidade, no ano de 2006,
inteiro, no Orçamento! São dados do GAPLAN do ano passado!
Então,
pelo amor de Deus, há pessoas passando fome na Cidade por irresponsabilidade do
Poder Público Municipal! E nós, a Câmara de Vereadores, situação e oposição,
temos de reagir drasticamente contra isso e exigir recursos da Prefeitura de
Porto Alegre para que atenda o Projeto Fome Zero em Porto Alegre! Muito
obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. Dr. Goulart está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. DR. GOULART:
Vereadora-Presidenta Maria Celeste, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, quem
deveria falar agora seria o nosso decano, Ver. Elói Guimarães, que tinha me
pedido o tempo, mas, como ele está no seu gabinete, atendendo, então vamos usar
o tempo que compete ao Líder.
É interessante o processo
legislativo; muito interessante. Nós, enquanto Vereador, apresentamos projetos
que são de imenso interesse do Município; de grande interesse do Município. Às
vezes - como foi dito ainda há pouco -, a prerrogativa é do Executivo, é do
gestor municipal principal. Mas, e quando os governos não fazem e não se
interessam? Nós temos de apontar; temos de apontar! E não é com Pedido de
Providências, que quase nunca é cumprido, que nós vamos resolver esse problema.
Tem que ser com uma situação mais drástica; com um projeto de lei. Eu tenho
aqui dois exemplos, três exemplos, até, para mostrar aos senhores como isso é
importante. Nós apresentamos, há uns dois ou três anos, um Projeto, fazendo com
que a CPMF permanecesse no Município de Porto Alegre, num valor de 10%, e
passasse daí, direto, para o Fundo Municipal de Saúde, porque, se o dinheiro
sai daqui e vai para Brasília, todo ele, como é feito, ele é desviado para
outras ações.
Pasmem,
senhores! A folha anual no Ministério da Saúde é em torno de 38 a 39 bilhões.
V. Exas sabem quanto é a CPMF? Trinta e dois
bilhões! É outra folha de Saúde, e que não vem nunca. Aliás, nem sei se veio
para a Saúde alguma vez. Então eu tinha imaginado que ficasse 10% e que
fôssemos nós que decidíssemos isso, sim, porque isso é dinheiro do munícipe de
Porto Alegre. Aí dizem: ah! mas não pode, porque as leis não permitem. Agora
estão discutindo o rateio: tanto por cento para o Município, tanto para o
Estado e tanto ficando para a União. Logo, não existia pecado, não existia nada
de errado com a Resolução do Vereador. Os Vereadores é que estão onde as coisas
acontecem, eles é que sabem! E se tivesse sido aceito isso, nós já estaríamos
recebendo 10% no nosso Fundo Municipal de Saúde.
Eu
observei que alguns laboratórios - eu enquanto mastologista, enquanto médico
que cuida de câncer de mama, que faz o diagnóstico precoce, o que é a única
salvação; o diagnóstico precoce é a prevenção na mama - não faziam boas
mamografias. O método já falha em 5%, para alguns laboratórios, falhava muito
mais do que isso, o dobro, o triplo disso. Então apresentei um Projeto, já que
não vinha nenhuma normatização, para que os laboratórios que atendessem o SUS
municipal, aquele em que nós somos os fiscais, aquele em que nós defendemos
aqueles que nós cuidamos, tivessem o selo da Sociedade Brasileira de Mastologia,
como sendo bons laboratórios, como uma boa mamografia, e aí estaríamos salvando
as mulheres na Cidade onde mais dá câncer de mama no Brasil, onde mais morre
mulher de câncer no Brasil, que é Porto Alegre. Foi vetado! Nós não pudemos
fazer! E agora, um ou dois anos depois, é chamado um técnico para revisar as
mamografias e dar esse laudo. Será que nós não podemos ajudar os Governos? Será
que os Governos não podem se preocupar com os seus Vereadores e cuidar dos seus
projetos com o maior carinho do mundo? Esses dois Projetos podiam ter vício de
origem, mas, se por acaso o Executivo os aceitasse, eles perderiam o vício de
origem. É uma coisa que todo o mundo tem que saber. A gente manda para o
Executivo, se ele aceita, é sanado o vício de origem; fica resolvido.
Então
eu não vou poder levar na minha história o fato de que cuidei das mamografias
das mulheres, para quem tenho me dedicado nos últimos 35 anos, porque meu
Projeto não foi aceito. E agora vem um técnico administrativo que vai
regulamentar isso, que vai, pelo menos, regular isso.
Os
Governos têm que cuidar mais de seus Vereadores, que se ocupam tanto em cuidar
dos Governos com o maior carinho, apontando o que é bom para o munícipe, porque
nós somos como uma usina, trabalhando 24 horas por dia por quem nos elegeu. Eu
peço atenção dos Vereadores para isso, porque nós precisamos ter mais força
política, para que representemos bem a nossa Cidade.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN:
Exma Srª Presidenta, Verª Maria Celeste;
colegas Vereadoras e Vereadores, uso o tempo de Liderança dos Democratas neste
momento, primeiramente para me solidarizar com o colega Ver. Goulart; acabei de
falar que os Poderes Legislativos deste País, que estão fragilizados, são uma
ameaça à manutenção da nossa democracia. Estamos aqui acéfalos, e quem está
legislando são os Executivos, em vez de os Legislativos fazerem e fiscalizarem
as leis. São Medidas Provisórias, não são só as Câmaras de Vereadores, são as
Assembléias Legislativas, a Câmara. É por isso que os políticos se arrastam -
numa interativa da Rádio Gaúcha - com um índice de 0,6% de confiança. Temos que
mudar enquanto há tempo, nobre Vereador.
E
sobre a Saúde: CPMF mais quatro anos, mas, para a Saúde, nada! Nada!
Fico
pasmo também com o Supersimples. Da Federação brasileira, está, novamente,
sendo tirando um naco! O ISSQN será recolhido pelo Governo Federal, nobre Ver.
Goulart, para depois voltar para os Municípios, e o ICMS também! Vai tudo para
uma mão só, para depois fazer a distribuição, de repente, para quê? Para
escravizar: “Ou vens para esse Partido ou não recebes a verba integral”.
Mas
eu queria falar também sobre outros dois assuntos. Hoje estive com a minha
equipe lá na Rodoviária de Porto Alegre - uma coisa da nossa Cidade, o portão
de entrada da nossa Cidade. Recebi algumas reclamações e fui lá ver, in
loco, e, realmente, quando nós vamos usar a nossa Rodoviária, quando
levamos alguma pessoa para embarcar na Rodoviária, simplesmente eles são
achacados por pivetes, por pessoas de todas as idades, que chegam a agredir os
que lá chegam para poder pegar as malas, tirando as malas dos carregadores e,
se não forem atendidos, acompanham as pessoas, que são verdadeiramente
atacadas. Esse é um quadro horrível. Eu convido os nossos colegas Vereadores
para irem lá ver, in loco, o que está acontecendo com o usuário da nossa
Rodoviária, aquele que vai embarcar num ônibus, principalmente senhoras,
pessoas mais idosas que, se não entregarem suas malas para aqueles, tipo
flanelinhas, são xingadas, são admoestadas; é um verdadeiro conflito social que
temos dentro da nossa Rodoviária.
Somos Poder Público! Aí me responderam: “Porto Alegre toda é
assim, no local assim, assim, e assado.” Gente, temos de solucionar isso. Senão
nós não podemos mais nem colocar nossos filhos, nossas mães, nossas avós a
viajar, a não ser que vamos até lá entregá-los na porta do ônibus. Acho que
alguma coisa tem que ser feita, sim. A FASC, a Brigada Militar, os
“azuizinhos”, vamos todos botar uma guarda lá que cuide disso. Alguma coisa tem
que ser feita. Se nós não podemos tirar todos esses desempregados da rua, temos
que dar um jeito para que eles não admoestem aqueles que têm o direito de ir e
vir, principalmente na Rodoviária, que é a saída e a chegada de Porto Alegre, e
essas são as primeiras impressões que causam àquele que chega, que visita Porto
Alegre, que faz uso da Capital. Espero que isso seja resolvido.
Também li no jornal, hoje,
liguei para os encarregados do Fome Zero na nossa Porto Alegre, e, realmente, o
Fome Zero não existe mais na nossa Cidade. Mas não é só aqui, não! Foram gastos
milhões e milhões de reais em propagandas, mundo afora, como sendo um Programa do
Lula. E o Programa do Lula está onde hoje? Foram gastos milhões de reais em
propaganda. E está onde? Há 2.630 famílias dizendo que há muitos anos não estão
recebendo. Eu fui lá ver de perto essas denúncias também.
Agora,
se eu sou mentor de um Programa, como o Fome Zero, eu vou fiscalizá-lo e vou
fazer com que ele ande. O PAC, onde estão gastando bilhões de reais em
propaganda, todo ano, até agora é só propaganda também, como foi o Fome Zero!
Aí vai o dinheiro do brasileiro, sim. Eu quero que o Fome Zero funcione, porque
ele foi colocado como o maior programa do mundo! Talvez ele esteja funcionando
nos outros países, Ver. Luiz Braz; aqui, eu não o vi funcionar.
Então
eu acho que o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem responsabilidade, sim!
Esse é um Programa dele! Porque a fome, aqui em Porto Alegre, é combatida como
sempre foi, pelas instituições, como faz o Ramiro D’Ávila, o Dias da Cruz, as
Igrejas, as comunidades. Eu não vi o Governo Federal vir aqui e distribuir
comida para os pobres de Porto Alegre, para os pobres do Rio Grande, para os
pobres do Brasil.
Acho
que temos que assumir a responsabilidade de criarmos com os programas,
gastarmos em propaganda e fazermos cumprir com esses programas. Muito obrigado,
Srª Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTE (Maria Celeste): O
Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. LUIZ BRAZ: Srª
Presidente, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, eu tenho
certeza de que o Ver. Marcelo Danéris, um Vereador inteligente, atuante, fica
nesse campo dos ataques e das denúncias até por causa da sua juventude e de sua
impetuosidade. Mas, com o tempo, ele vai atuar mais, Ver. João Dib, tentando
resolver os problemas que nós temos em nossa Cidade, porque, afinal de contas,
essa é a missão do Vereador.
Ver.
Marcelo, as licitações são feitas, e raramente existe uma licitação colocada a
público, no País, que não tenha modificações durante o seu percurso. É muito
difícil que nós tenhamos uma licitação e que não se note uma falha qualquer na
licitação e se mande fazer uma alteração; isso é absolutamente normal no
processo licitatório.
O
Auditório Araújo Vianna não está sendo privatizado, como V. Exª disse, e eu
acredito que V. Exª deve trocar esse termo, porque não existe, na verdade,
processo de privatização. V. Exª sabe o que é privatização, é um homem
inteligente; então, de maneira alguma, V. Exª poderia utilizar o termo
“privatização”. Acontece que o Município, Ver. João Antonio Dib, não tem recursos
necessários para fazer a recuperação do Auditório Araújo Vianna, mas eu pelo
menos conheço o laudo, e eu estou sabendo que hoje a Verª Margarete Moraes está
contestando esse laudo, mas existe um laudo de 2002, que condenava aquela lona
existente no Auditório Araújo Vianna e dizia do perigo que aquela lona poderia
representar, inclusive perigo de morte para as pessoas que estivessem dentro do
Auditório Araújo Vianna assistindo aos espetáculos.
Então,
por isso mesmo, nós somos absolutamente favoráveis a essa forma como o Governo
está agindo, colocando nas mãos de uma parceria da iniciativa privada as
condições para que essa parceria possa recuperar o Auditório Araújo Vianna e
colocá-lo como uma sala de espetáculos das melhores que nós vamos ter em Porto Alegre.
Eu acho que nós temos que aplaudir essa iniciativa, se existe algum erro,
alguma demasia, alguma coisa que nós possamos corrigir, nós temos que apontar
isso para ser corrigido, mas não temos que apontar isso para que alguém seja
punido, porque, afinal de contas, nós temos, sim, que aplaudir as modificações
que serão feitas no Auditório Araújo Vianna.
E
o cercamento, como foi aqui colocado, eu acho que é uma coisa que tem que ser
realmente discutida. Eu acredito que nós temos, hoje, frente à Secretaria de
Cultura do nosso Município, um dos melhores homens de cultura do nosso Estado,
e temos que trabalhar junto com ele, para que realmente aquilo que ele quer
fazer em termos de Auditório Araújo Vianna possa chegar a bom termo. Nós temos
todas as condições para que isso aconteça.
Eu
gosto muito de ler a coluna do Jabor, e ele traz críticas severas ao Programa
Fome Zero, dizendo que o Programa Fome Zero está falido em todo o Território
brasileiro; é algo que serviu para eleger o Presidente Lula da Silva; é algo
que serviu para eleger algumas lideranças do PT e aliados do PT, mas é coisa
que, infelizmente, faliu. E o Jabor coloca bem, e uma coisa que nós já tínhamos
apontado, Ver. Claudio Sebenelo, o Fome Zero faliu, porque, apesar das
parcerias - e o Fome Zero funciona com parcerias -, não foi montado um esquema
para distribuição. E o esquema nacional que foi montado pelo Governo Federal
realmente era muito mais caro do que todo o alimento que foi arrecadado para
ser distribuído, e que não tinha condições de ser distribuído. Então aquele
Projeto que fez, inclusive, com que o Presidente Lula fosse para a ONU e
discursasse, e colocasse esse Projeto como um dos melhores já surgidos na
humanidade, infelizmente era alguma coisa que existia só no discurso do Presidente
Lula; era uma coisa que só servia para o Presidente Lula e para o seu grupo,
para mais ninguém, infelizmente, para todos nós, porque a verdade é que a fome
continua grassando na humanidade.
Nós
temos, aqui no Município de Porto Alegre, vários focos onde as pessoas
realmente passam pela maior miséria, e infelizmente as pessoas ficam apenas no
discurso, dizendo, ainda, do Fome Zero, que foi um projeto demagógico,
infelizmente, e que serviu apenas eleitoreiramente para alguém. Mas eu tenho
certeza absoluta de que lideranças, como no caso do Ver. Marcelo Danéris,
querem tratar o assunto com seriedade. E nós vamos poder realmente discutir
esse tema, ainda, de uma forma séria, para resolvermos ou, pelo menos, para
ajudarmos a resolver a situação.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. ERVINO BESSON: Minha
cara Presidenta-Vereadora Maria Celeste; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e
senhores que nos acompanham nas galerias e no canal 16 da TVCâmara, eu queria
saudar a todos. Eu falo em nome do meu Partido, em nome do PDT - Ver. Mario
Fraga, Ver. Márcio Bins Ely, Ver. Nereu D’Avila, Verª Neuza Canabarro. É com
muito orgulho que eu faço este pronunciamento.
No dia de ontem, aconteceu mais um dos grandes atos
que acontecem em Porto Alegre, meus caros colegas Vereadores. Sei que a nossa
querida colega Verª Neuza estava lá representando a Casa, no Anfiteatro
Pôr-do-Sol; eu estava presente; o Ver. Márcio Bins Ely; o Secretário da
Juventude - Mauro Zacher -, e talvez outros Vereadores. Só citei esses, porque
foi com quem tive a oportunidade, meu caro Ver. João Antonio Dib, de me
encontrar naquele momento. Foi um evento de extrema importância. O Anfiteatro Pôr-do-Sol
está sendo um local de encontros extremamente importantes para a cidade de
Porto Alegre. Quem esteve lá ontem pôde testemunhar o que eu estou falando, ou
quem esteve acompanhando pela televisão ou pelos jornais, os milhares e
milhares de pessoas que estavam lá.
A Força Sindical deu uma demonstração de força
ontem. Quero parabenizar o Cláudio Janta, que é o Presidente, e toda a
Diretoria, todo o grupo que se envolveu no evento do dia de ontem, pela grande
presença de público e pela organização.
O Anfiteatro Pôr-do-Sol já deu algumas
demonstrações do que representa esse local para os eventos da cidade de Porto
Alegre. Há poucos dias nós tivemos ali a gravação de um dos primeiros DVDs que
foram gravados naquele local, o do Tchê Barbaridade, também com a presença de
milhares e milhares de pessoas.
E ontem, milhares de pessoas estiveram presentes,
diversos artistas se apresentaram, e, quase no final, foi rezada a missa, pelo
Bispo Dom Fernando, mas a personagem do dia foi, sem dúvida nenhuma, o Padre Marcelo
Rossi. O Padre Marcelo Rossi é um sacerdote que consegue arrastar, para onde
ele vai rezar as missas, milhares e milhares de pessoas, e ontem ele deu uma
demonstração, aqui na Cidade, da sua competência e do seu carisma. Deu para sentir, meu caro Ver. João
Antonio Dib, em alguns momentos que ele se apresentou, cantando junto com o
Agnaldo Rayol, que tem uma voz extraordinária - que coisa mais linda, que coisa
mais bela! -, a emoção de muitas pessoas. O Padre Marcelo Rossi tem um dom
muito grande, como um dom de Deus; ele consegue transmitir com muita facilidade
aquilo que ele diz, consegue transmitir de uma forma que as pessoas absorvem
aquilo. Deu para ver muitas pessoas emocionadas naquele momento.
Eu
acho que ontem foi um dia extremamente importante para a cidade de Porto
Alegre. No momento que a Força Sindical demonstrou o poder do trabalhador -
lamentamos que haja muita gente desempregada -, demonstrou que a Força Sindical
tem um poder muito forte de organização, e demonstrou, desde as 15h, o que
representa a Força Sindical.
Para reforçar tudo isso que eu estou dizendo, a presença do Padre Marcelo Rossi. Permitam-me, meus caros colegas Vereadores, falar em nome dos 36 Vereadores e Vereadoras e em nome da cidade de Porto Alegre: a Cidade agradece, a Cidade reconhece o grande evento que houve ontem aqui no Anfiteatro Pôr-do-Sol. Parabéns ao Sindicato, parabéns aos organizadores. Eu acho que foi um dia que ficará, sem dúvida nenhuma, marcado aqui na história da nossa Porto Alegre, mais um grande evento no Anfiteatro Pôr-do-Sol. Muito obrigado, Srª Presidenta.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; colegas Vereadores, colegas Vereadoras, creio que
outros Vereadores ou Vereadoras já trouxeram a esta tribuna a questão
envolvendo o despejo que estava programado para amanhã, no bairro Lomba do
Pinheiro, para mais ou menos 300 famílias. Isso é uma pequena amostragem do que
acontece na vida real nos grandes centros urbanos. As cidades cresceram
desordenadamente, e não houve políticas públicas, seja do arruamento, da praça,
da creche e aquela mais sagrada, que é a habitação para as pessoas.
E o que acontece, meu caro Ver. Ervino? As pessoas
têm que morar em algum lugar. Nós, só em área de risco, em Porto Alegre, temos
sete mil pessoas, Ver. Elói. E essa questão não é de hoje, não é de ontem,
Presidenta: é uma questão que vem ao longo do tempo, e que, ao fim e ao cabo,
os Municípios, que têm menos recursos é que acabam “pagando o pato”, porque,
quando se fala em Reforma Tributária, a primeira coisa que tem que discutir é
sobre qual a competência de determinadas funções. A habitação é do Município;
então eu tenho que colocar dinheiro para o Município fazer habitação. Não,
habitação não é do Município, como outras questões, como saneamento básico, não
são dos Municípios. Mas é evidente que a população vai bater na porta do
Orçamento Participativo, nos gabinetes dos Vereadores, nas Comissões Temáticas
da Casa.
Então, eu quero dizer, Presidenta, que acho que
houve um esforço coletivo, que começou na CUTHAB, presidida pelo Ver. Elói
Guimarães, que não mediu esforços, junto com todos nós que somos da CUTHAB,
para levar este assunto, firmemente, no interesse daquelas famílias em
encontrar uma solução negociada socialmente. A essa caminhada se incorporaram
vários Vereadores de outras Comissões e a Presidenta da Casa, que hoje esteve
na Prefeitura; depois, fomos ao Governo do Estado. E nós temos uma decisão
temporária de suspensão. Mas sabemos que há muito chão pela frente para
encontrarmos uma solução.
E diz aqui o Presidente - já havia anunciado hoje
na porta do Palácio Piratini - que, às 9h, segunda-feira, aqui neste Plenário
Otávio Rocha, vamos reunir todos os atores municipais, estaduais, Caixa
Federal, Ministério Público,
SMAM, DEMHAB, proprietários das terras da Granja Kaiser, para tentar encontrar
uma solução digna para aquelas famílias que lá vivem há seis, sete, cinco,
quatro, dois anos.
Mas
também quero dizer que sei que decisão a gente cumpre. O Estado Democrático de
Direito nos diz isto: harmonia e respeito entre os Poderes. Mas eu me senti
atingido, quando V. Exª ligou à Juíza da Vara do Partenon pedindo que recebesse
as informações levadas por alguns Vereadores, e nem sequer veio a resposta.
Eu,
como Conselheiro da OAB, sempre fiz a interlocução, e respeito muito, aqui, o
Judiciário, no Rio Grande do Sul , e acho que um juiz de direito, acima de
tudo, tem que ser um sujeito social. Antes de dar uma sentença fria, ele tem
que pensar na realidade do dia-a-dia da sua cidade, do seu entorno. Espero que
a senhora Juíza - e não vou discutir o mérito ou não-mérito da sua sentença;
não é isto que estou discutindo... Mas o que queremos é mostrar que há um
equívoco nesse processo, havendo áreas públicas dentro de uma área que é um
conjunto, e a senhora juíza, infelizmente, não agiu como a maioria dos
magistrados que conheço no Rio Grande do Sul, que sempre agem com muito
respeito ao cidadão - e o mais comum dos cidadãos, não precisa ser Vereador,
não precisa ser advogado. Mas acho que, ao fim e ao cabo, vamos encontrar uma
solução.
Vejo
que a Prefeitura, a Câmara Municipal de Porto Alegre, o Governo do Estado e o
Ministério das Cidades deverão ter a capacidade de achar uma solução. Olha, são
300 famílias que não têm para onde ir: são crianças, velhos, pessoas com
deficiência física que construíram as suas casas lá.
E
o Poder Público, ao longo dos anos - são sete anos, portanto, não estou falando
de ontem, de anteontem -, permitiu que isso acontecesse. Então, esse mesmo
Poder Público que foi permissivo agora tem que ter capacidade articulativa de
encontrar uma solução.
Não
é o único caso nesta Cidade, e, com certeza, amanhã, teremos outros, e outros,
porque temos uma Cidade 70% irregular.
Lamentavelmente,
tristemente, esta é a realidade do censo urbano do País, e Porto Alegre está
dentro desse contexto. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. João Carlos Nedel está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Srª Presidenta, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, eu protocolei, nesta Casa,
já há uns 15 dias, a constituição da Frente Parlamentar do Turismo em Porto
Alegre, traduzindo a vontade da sociedade e tentando, também, traduzir a
vocação desta Capital para o setor de serviços e de tecnologia alta,
especialmente num setor que interfere em 52 ramos da nossa Economia, que é o
turismo. É evidente que um Vereador sozinho não faz nada, pouco faz. Então, por
que a Frente Parlamentar do Turismo? Para compartilhar com os Vereadores essa
vocação de Porto Alegre, essa atividade econômica que mais gera emprego, que
mais gera renda: o turismo. Porto Alegre está engatinhando ainda nisso.
Vejam,
senhoras e senhores, as nossas potencialidades, o nosso lago Guaíba, os nossos
morros, as nossas pedreiras, o nosso grande setor cultural e o nosso
desenvolvimento urbanístico, já que temos aqui o Engenheiro Civil César Bohns, que está nos
visitando. Então é uma potencialidade muito grande. E queria compartilhar com
os Vereadores as áreas possíveis para a discussão dessa Frente; por exemplo: o
turismo náutico, o aproveitamento do lago Guaíba para fins turísticos; o
turismo religioso. Vejam quantas coisas boas: a nossa Catedral, a nossa Igreja
das Dores, os nossos quadros, a nossa arte nas igrejas, os quadros do grande
pintor Aldo Locatelli, na Igreja Santa Teresinha; o nosso Santuário da Mãe de
Deus, lá na Pedra Redonda; a nossa Capela Centenária de Belém Velho e tantos
outros pontos turísticos na nossa Capital; a nossa tradição e o nosso folclore; explorar
isso turisticamente; o nosso turismo rural e ecológico; as nossa ilhas
abandonadas; as nossas pedreiras desativadas; a nossa vida noturna, sim, a vida
noturna; o turismo gastronômico, a nossa qualidade de alimentação; as várias
etnias que nós temos aqui; os nossos teatros, museus, cinemas - a área
cultural; o turismo de negócios; o turismo de eventos; o turismo esportivo,
Ver. Haroldo - grandes torneios, copas nacionais -; o turismo metropolitano, da
nossa Grande Porto Alegre, os nosso roteiros. Quais são os nossos roteiros
turísticos? Os nossos briques, feiras de artesanato, Ver. Oliboni, a nossa
Saúde Pública - a nossa referência de qualidade em Saúde Pública, sim; o nosso
grande Cais do Porto; as nossas praças, parques e monumentos. Tudo isso nós
podemos desenvolver; podemos criar empregos - porque o turismo é o que mais
gera emprego -, criar renda e, conseqüentemente, impostos para a nossa
Prefeitura redistribuir em serviços.
Então, veja, meu Líder, Ver. João Antonio Dib, a
importância do turismo para Porto Alegre. E é isso que a gente quer, via Frente
Parlamentar do Turismo, porque a Câmara Municipal não pode ficar ausente nessas
grandes decisões e nesse grande setor de desenvolvimento do bem-estar social.
Muito Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A Verª Clênia
Maranhão está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A segunda questão que eu
queria também referir é uma temática fundamental, que é a defesa dos direitos
da criança e dos adolescentes, lembrando a todos e a todas que, até o dia 16,
estarão abertas as inscrições dos Conselhos Tutelares. Nós recebemos, nesta
Casa, por parte da Prefeitura, há alguns meses, um Projeto importantíssimo, que
melhorava as condições dos Conselhos Tutelares, dava mais condições de
democratização do processo eleitoral - que já está em curso -, e eu acho que o
trabalho da Prefeitura com os Conselhos Tutelares, com o Conselho de Direitos
das Crianças e dos Adolescentes e esta Casa construiu uma legislação
extremamente importante que democratiza, que moderniza e que dá condições de
uma melhor execução dos trabalhos dos Conselheiros Tutelares. Destaco,
exatamente, que uma das demandas antigas dos conselheiros tutelares era a
ampliação do número de conselheiros nas regiões. Nós aumentamos de 40 para 50
conselheiros, pela legislação que chegou a esta Casa, e, com isso, as regiões
da Cidade que não estavam cobertas pelo atendimento por causa da demanda
começam a ter possibilidade de - através dessa maior capilaridade, dessa maior
descentralização - permitir um atendimento nas comunidades, principalmente
naquelas comunidades que mais precisam.
Eu
ainda queria, por último, então, no restante deste meu tempo, falar aqui de
mais outros avanços feitos pela Prefeitura de Porto Alegre, na gestão José
Fogaça, novamente na área da Cultura, que parece que entrou muito em pauta
nesta Câmara, pois é uma coisa nova, porque esta Câmara, infelizmente, discutia
muito menos do que devia as políticas culturais do nosso Município. Essa
motivação talvez se dê pela presença do Secretário Sergius Gonzaga na Comissão
de Educação e Cultura, que fez uma maravilhosa explanação sobre o avanço,
inclusive, do Projeto de Descentralização da Cultura; e isso estimulou o debate
nesta Casa.
Nós
já falamos dos avanços, das construções, da ampliação e da possibilidade que a
população terá com a reforma do Auditório Araújo Vianna. E eu também queria
dizer que a Presidenta da Comissão de Educação e Cultura, a Verª Maristela
Maffei, já pautou uma visita da nossa Comissão ao Museu Joaquim Felizardo. É
muito importante que os Vereadores e Vereadoras que tiverem interesse em
conhecer a restauração vejam a recuperação feita por esta Gestão no Museu
Joaquim Felizardo. É um Museu que, inclusive, a maioria das pessoas não
conhece, talvez porque, quando nós assumimos a Prefeitura, ele estava
completamente deteriorado, os cupins ameaçavam o próprio prédio. Essas ações
que estão sendo feitas permitiram a restauração do espaço físico, a recuperação
do acervo do Museu, que, infelizmente, há 11 anos tinha uma mesma exposição;
não precisa ser nenhum museólogo para saber, portanto, que isso não era um
museu que correspondia às características técnicas desta Cidade.
Então,
essa visita vai permitir, inclusive, que os Vereadores e as Vereadoras possam
conhecer mais esse avanço que está sendo dado na área da Cultura, não apenas
com a restauração dos prédios, mas também com a ampliação do acervo, da democratização
do uso desse Museu, que antes não era aberto a todas as pessoas que tivessem
interesse em fazer as pesquisas com as peças que contém. Acho que essa
oportunidade vai ser importante, para que possamos divulgar mais uma conquista
da Prefeitura de Porto Alegre na gestão José Fogaça.
(Não
revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Havendo
quórum, passamos à
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em votação o
Requerimento, de autoria das Lideranças da Casa, para a apreciação das
seguintes matérias constantes na Ordem do Dia, na seguinte ordem: PLE nº
008/07; PLE nº 026/06; PLL nº 235/05; PLL nº 240/06; PLL nº 077/06; PLCL nº
001/00; PLL nº 094/05 e PLCL nº 010/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 1779/07 -
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 008/07,
que autoriza a abertura de créditos especiais nos Poderes Legislativo e
Executivo Municipais, no valor de R$5.588.834,00 (cinco milhões, quinhentos e
oitenta e oito mil, oitocentos e trinta e quatro reais), e dá outras
providências.
Parecer Conjunto:
- da CCJ, CEFOR,
CUTHAB, CECE, CEDECONDH e COSMAM Relator Ver. Professor Garcia: pela
aprovação do Projeto e pela rejeição das Emendas nºs 01 e 02.
Observações:
- incluído na Ordem do Dia em 02-05-07;
- prejudica a votação das Emendas nºs 01 e 02 nos termos do art. 55 do Regimento da CMPA.
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em discussão
o PLE nº 008/07. (Pausa.) O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir o
PLE nº 008/07.
O SR. ADELI SELL: Verª Maria
Celeste, digna Presidenta desta Casa; colegas Vereadores, Vereadoras, cidadãs,
cidadãos que nos acompanham pela TV Câmara, nós estamos fazendo uma autorização
de abertura de créditos especiais aos Poderes Legislativo e Executivo
Municipais. O Vereador-Relator deveria ter feito uma correção sobre os valores
da Câmara, e não o fez. Eu vou-me dar o direito de, segunda-feira, minha nobre
Presidenta, pedir como ponto de pauta o orçamento da Câmara na reunião da Mesa
com as Lideranças, porque nós não podemos passar uma falsa idéia do orçamento
deste Legislativo, porque a verba do Legislativo vem embutida nesse pedido de
abertura de créditos especiais.
Nós apresentamos algumas Emendas. É impressionante
a má-vontade que teve a Relatoria, que teve a base do Governo, em aceitar duas
simples Emendas. Primeiro, não justificaram, de maneira alguma, por que negaram
a Emenda que nós fizemos, pois nós não aceitamos que se possa viajar para
gastar vinte mil reais em diárias, na área da SMAM. Não tem necessidade. Nós
somos vanguarda na questão ambiental. Não foi o meu Governo que fez a
Secretaria do Meio Ambiente; ela já existia, e este é um mérito da cidade de
Porto Alegre. O Ver. João Dib sabe muito bem e pode depois explicar a história
da formação da SMAM em Porto Alegre. Se não me falha a memória, o primeiro
Secretário foi Roberto Xavier. Foi ele, e iniciou esse processo. Não foi o PT,
e portanto, mais uma razão de vir aqui e dizer que esta Cidade tem história. Se nós tivéssemos copiado dos outros,
teríamos outras questões a copiar, coisa que nós temos dificuldades; coisas que
o Governo do Ver. João Dib não conseguiu fazer; que o Governo do Dr. Collares
não conseguiu; que os Governos do PT não conseguiram. Isso, sim, é bom copiar
dos outros. Mas aqui nós temos bons exemplos do que nós fizemos. No mínimo dá
para o gasto. E dá, inclusive, para vender para outros, como já vendemos em
outros momentos, para pessoas que vieram aqui copiar os nossos progressos.
Agora, nós temos que ter explicações!
A
nossa indignação está em não querer dialogar com as nossas posições. Nós fomos
governo e sabemos como se gasta, o que tem que ser poupado, as dificuldades por
que passa Porto Alegre. Eu não vou mais aceitar ouvir pela Cidade que agora o
caixa da Prefeitura é uma “Brastemp”. Não é verdade! Estão sendo feitos gastos
desnecessários, como, por exemplo, 20 mil reais em diárias, 30 mil reais em
consultorias no Meio Ambiente. No Meio Ambiente!
Nós
vamos para o Exterior para explicar a nossa política de controle de emissão de
gases, com essas quatro ou cinco blitze feitas nos últimos 14 dias,
depois de muita insistência nossa? E as Emendas que nós acertamos aqui com o
Governo? Qual a Emenda do nosso Partido que não foi aceita? A minha, por
exemplo, dos 50 mil reais para educação para o trânsito? Porque esta Cidade é o
supra-sumo da esculhambação no trânsito. Não se vê “azulzinho”, não se tem
educação para o trânsito. Ou é uma atividade fantasma. E de fantasma este
Governo entende muito. Eles devem ter aprendido a ler aquele gibizinho do
Gasparzinho, porque há alguns lugares para onde eu já encaminhei Pedido de
Informação... E a nossa Bancada vai entrar no Ministério Público; estou
avisando, ainda tem tempo, até a semana que vem. Depois de quarta-feira, esta
Liderança não se compromete em dar mais prazos. Estamos dando novos prazos para
o Governo.
Portanto,
nós questionamos a forma como o Governo, para liberar e ganhar 500 mil reais do
Governo Lula para os computadores que estão faltando nos telecentros... E, como
eu já disse anteriormente, havia 34 telecentros em Porto Alegre, este é um
dado que não há como , porque o próprio Governo deixou isso anotado em uma
matéria pública que mostrei aqui, com toda a documentação necessária. Eu não
faço invencionice e, muito menos, “enrolation”. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Marcelo
Danéris está com a palavra para discutir o PLE nº 008/07.
O SR. MARCELO DANÉRIS: Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores, Srª Presidenta Maria Celeste, público que nos acompanha aqui e
pela TVCâmara, vamos aproveitar este tempo para fazer um debate sobre a
abertura de créditos especiais aos Poderes Legislativo e Executivo, tema que
este Vereador debateu bastante nas Comissões Conjuntas, para poder fazer um
debate, Ver. Nilo, situação de Porto Alegre, Ver. Todeschini, que nos preocupa
bastante.
Falei desta tribuna
hoje sobre a questão do Fome Zero. Os cortes de orçamento pesados que temos na
cidade de Porto Alegre não estão atingindo a publicidade e não estão atingindo
as consultorias, e este Projeto que aqui está, de suplementação de verbas - que
não se chama de suplementação; são créditos especiais. Esses créditos especiais
da Prefeitura, mais uma vez, apesar da nossa Emenda - que não foi aprovada na
Comissão Conjunta, mas que queremos aprovar aqui no Plenário -, prevêem, de
novo, mais de 40 mil reais para consultorias. Vou lembrar, Ver. Nereu D’Avila,
que o orçamento do Fome Zero, que está sendo denunciado hoje - não por este
Vereador, mas pelos jornais Diário Gaúcho e Zero Hora -, pelo abandono completo
desde 2003, e ali há depoimentos de entidades, de beneficiados. Não é este Vereador
que está falando, está na matéria dos jornais Diário Gaúcho e Zero Hora. O Fome
Zero, para todo o ano de 2006, segundo dados da Prefeitura, do Gaplan, foi de
20 mil reais, mas a propaganda na televisão, que estamos acompanhando, está
bonitaça; agora, dinheiro para o Fome Zero, não.
Outra: aqui nos
créditos especiais temos 40 mil, de novo, para as consultorias, Ver. Nereu
D’Avila, mas sabe quanto foi aplicado durante todo o ano de 2006 nas cozinhas
comunitárias, que têm uma propaganda belíssima na televisão, repetida há mais
de ano? Cento e oitenta e sete reais. Não são mil reais, este Vereador não está
se enganando; quem sabe fossem milhões, quem sabe fosse mil, quem sabe fosse um
milhão? Não. São 187 reais, dados do GAPLAN, da Prefeitura de Porto Alegre para as
Cozinhas Comunitárias. Isso é gravíssimo!
Ver. Nereu D’Avila, quero mostrar aqui na televisão
uma consulta popular que está sendo feita (Mostra documento.) sobre a situação
de pobreza na Cidade. Essa consulta popular está sendo paga, mais uma vez, por
uma consultoria. Mas, Ver. Todeschini, o fato gravíssimo é que ela está sendo
distribuída para os conselheiros do Orçamento Participativo arranjarem duas ou
três pessoas que, voluntariamente, façam essa pesquisa. Consulta Popular -
Pesquisa sobre as Condições de Pobreza; pesquisa sendo realizada pela
Prefeitura de Porto Alegre, Ver. Adeli Sell. Grave a situação. Nesta pesquisa
nós temos dez perguntas, Ver. Luiz Braz. Quando eu venho aqui, Ver. Luiz Braz,
eu venho com dados; está aqui o papel (Mostra o documento.), está escrito. Eu
não estou inventando, não é “metralhadora giratória”, não é nada; está aqui,
está escrito, e eu estou mostrando! Vou ler, Ver. Luiz Braz, as perguntas desta
pesquisa que está sendo paga pela Prefeitura de Porto Alegre para saber a
situação de pobreza. Pergunta n°8 (Lê.): “Em uma família de sete filhos é
normal que só dois estudem?” Está ali para marcar “normal” ou “anormal”. Depois
diz: “Você sai para caminhar e encontra a seguinte situação: na primeira, um
casal alimenta seus filhos com restos que encontra no lixo. O que você acha -
normal, anormal - e por quê? Você concorda que onde comem dois comem três?
Concorda, sem opinião, discorda e discorda fortemente. Como você sabe se alguém
é pobre? Como você sabe que alguém é rico? Como você sabe se alguém é
miserável?”
Essa
é uma pesquisa, Ver. Dib, paga pelos cofres públicos municipais para saber a
situação de pobreza de Porto Alegre, com essas perguntas que não têm o menor
rigor para se fazer uma pesquisa sobre condições de pobreza. Não pergunta a
situação da pessoa; não pergunta qual a renda; qual é o tamanho da família -
não diz nada. Só faz essa pergunta ridícula - para dizer o mínimo -, “se você
acha que onde comem dois comem três...” E diz ainda para o cara marcar: concorda,
tem opinião, discorda, discorda fortemente. Isso é ridículo. Enquanto gastam
dinheiro em pesquisa que não levam a lugar nenhum para fazer cena pública, o
Fome Zero passa fome, porque nem sequer escritório, computador, seja o que
for, tem de investimentos, a Prefeitura, para essa comunidade que hoje está
passando fome em Porto Alegre. Enquanto isso, eles fazem uma pesquisa dessas,
paga com recursos públicos, com consultoria, assim como nos créditos especiais
que querem aprovar aqui hoje. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Carlos
Todeschini está com a palavra para discutir o PLE nº 008/07.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Verª Maria
Celeste, nossa querida Presidente; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, pessoas que nos
assistem pela TVCâmara, já falei aqui, noutra vez, que nunca faltou apoio dessa
Bancada às iniciativas e ao pedido do Governo para que ele tenha as melhores
condições para governar. Mas eu quero mostrar o que está na capa, hoje, e com
uma matéria extensa, no jornal Diário Gaúcho (Lê.): “Fome Zero da Capital está
com os pratos raspados”. (Mostra o jornal.) Esse é um Programa escolhido e tido
como prioritário do Presidente Lula para todo Brasil, para todas as cidades, e
que vem, através da organização do sistema da associação, do comitê e da
Prefeitura, na direção de atender os necessitados, de atender as famílias, e
principalmente as mães chefes-de-família que não têm maneiras de sobreviver ou
maneiras de alimentar seus filhos.
Na semana passada, eu estava no Morro da Cruz e
fiquei sabendo que, em uma casa ao lado, havia uma mãe com onze filhos que não
se alimentavam há três dias, Ver. Adeli Sell, porque não tinham mais alimentos,
pois eles eram atendidos pelo Programa Fome Zero, e o Programa Fome Zero desapareceu.
É simplesmente vergonhosa e criminosa a atitude da Prefeitura em querer
desmontar esse Programa. Eu já pedi uma reunião, há alguns dias; estou
aguardando agenda, para que a Comissão de Direitos Humanos trate desse assunto,
porque esse não é um assunto qualquer; é um assunto relevante, pois diz respeito à questão da fome. E,
junto com a fome, nós sabemos que, muitas vezes, vem a violência, vem o
desespero, vem a desnutrição e vem a queima do fosfato. E, com a desnutrição,
também vem a geração de seqüelas irrecuperáveis na saúde das pessoas,
especialmente das crianças e dos jovens que estão em idade de aprendizado, em
idade escolar.
Eu
quero dizer que nunca faltou o apoio destes Vereadores, desta Bancada, aos
Projetos do Governo. Agora, que há desperdício de dinheiro, que há gasto de
dinheiro à-toa, isso é mais do que visível.
O
Ver. Marcelo Danéris falou dos gastos da Fazenda, que é um dos gargalos onde
acontece o desperdício e o mau uso do dinheiro através de consultorias. Foi
falado também do desperdício do dinheiro na área da comunicação; muito dinheiro
mal gasto, muito dinheiro mal-aplicado. E eu quero falar aqui, também, do
dinheiro jogado fora na PROCEMPA, que, além de empregar várias situações, de
abrigar várias pessoas que estão lá escondidas, tem gastos sem nenhuma
transparência. O Orçamento da PROCEMPA passou de 40 milhões para 65 milhões de
reais anuais; um aumento de gasto extraordinário de mais de 25 milhões. E para
onde é que está indo esse dinheiro? Nós vimos várias situações da mais alta
gravidade, como falta de remédios, falta de esparadrapo, lá no Pronto Socorro,
ou seja, vimos situações insustentáveis. E agora há posto fechando - não é Ver.
Aldacir Oliboni? -; posto sem medicamento; posto sem condições. No entanto,
temos aqui pedido para mais recursos. Mas programas fundamentais, que têm,
inclusive, apoio do Governo Federal, que têm dinheiro, que têm alimentos, são
jogados no descaso, no lixo, e não têm nenhuma prioridade. Ao contrário, há um
desmonte completo, em razão da falta de responsabilidade; falta de
responsabilidade essa que precisa ser investigada nas vias ordinárias e nas
vias judiciais, inclusive por parte de representações do Poder Público, e desta
Câmara.
Nós vamos fazer uma discussão
sobre esse tema, para aprofundá-lo, inclusive, agora, na CEDECONDH, porque a
situação é de alta gravidade e de altíssima irresponsabilidade por parte das
autoridades do Poder Público Municipal. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir o PLE nº 008/07.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu sou um homem paciente, e eu
não sabia que eu era tão paciente. Esse é o 15º discurso que eu ouvi do PT
contra o Projeto de Lei do Prefeito. Aproveitaram para falar de tudo, menos do
Projeto de Lei que abre créditos especiais em várias áreas da Prefeitura, sendo
que, de 5,5 milhões, 4,5 milhões são para Câmara Municipal. Aproveitaram para
falar nos 20 mil reais de diárias para viagens de servidores da SMAM. Parece
que a Câmara desconhece que o número de servidores municipais é muito maior do
que os daqui; e aqui se viaja muito. Será que lá no Executivo não há
necessidade de conhecer as coisas do mundo? Nós vamos, aqui, a lugares que nós
não temos nada que ver, não sobra nada para a Câmara das viagens, mas nós temos
viagens. E eu vou fazer um Pedido de Informação, Srª Presidenta, para saber
quantas viagens foram feitas nos últimos dois anos e quatro meses - já estou anunciando
isso a V. Exª -; quais os Vereadores que viajaram; quanto gastaram; para onde
foram e o que elas renderam para a Câmara Municipal. Os 15 discursos que eu
ouvi do PT, em relação a esse processo, me levam a considerar que, por uma
questão moral, eles votam contrariamente ao Projeto; por uma questão de
dignidade, eles têm que votar contra, não podem votar a favor. Está bem
explicito aqui os programas do Governo. Nós aprovamos o Orçamento com os 21
programas do Governo, e está tudo explicitado aqui. Aí vem o outro e fala em
propaganda. Ora, justamente nos jornais de hoje, está noticiado que a
Prefeitura não faz propaganda, que iniciaria hoje, talvez, o uso de propaganda.
Agora,
que moral tem alguém para falar em publicidade, quando o Prefeito Tarso Fernando
Herz Genro fez uma suplementação de verba, no seu Gabinete, para publicidade, a
qual não passou pela Câmara. Mas para os olhos atentos de quem leu o Diário
Oficial lá estava: ele suplementou a verba de publicidade, no seu Gabinete, em
13.206%, o que significa multiplicar a verba que ele tinha por cento e trinta e
dois. Cento e trinta e duas vezes mais! E eles querem falar em publicidade. Eu
não posso entender que cada coisa que aqui está escrita leva a analisar o
Governo como um todo. Não analisam o Projeto; só criticam o Governo. Em algumas
coisas, eles até têm razão em fazer crítica. Nós vimos as dificuldades do
Pronto Socorro, com os medicamentos, mas nós fomos lá e fomos informados de que
o Governo suplementou a verba em um milhão e 800 mil reais. Então está tudo
andando razoavelmente bem.
Agora,
eu não sabia que eu era tão paciente, que eu era capaz de ouvir 15 discursos
dizendo a mesma coisa, falando mal do Governo, falando mal de todas as coisas,
para, no final, dizer que eles são os grandes apoiadores do Governo e que votam
“sim” em todas as propostas do Governo. Ora, pelo amor de Deus, se vão votar
“sim”, está muito bem, podem até dizer: “Olha, aqui tem dois mais dois, que são
quatro, e botaram cinco”, mas não criticar todas as questões que são levadas à
tribuna e que não têm nada a ver, mas nada, absolutamente nada, com o Projeto
que está aqui sendo discutido.
No
primeiro dia de discussão do Parecer, desfilou metade da Bancada; no segundo
dia de discussão do Parecer, mais a outra metade. Ora, é impossível que nós
possamos realizar coisas nesta Casa, em benefício da Cidade, quando nós ficamos
discutindo aquilo que não precisa ser discutido, pela clareza com que é
apresentado. Nós ficamos deturpando as informações, criticando o Executivo, e
depois o apoiamos. Eu solicitaria à Bancada do PT para que votasse “não”, para
confirmar tudo aquilo que disseram, na tribuna, em relação ao Executivo
Municipal. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o PLE nº 008/07.
A
SRA. SOFIA CAVEDON: Verª
Maria Celeste, Presidente desta Casa; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, eu o desconheço, Ver. Dib,
porque acho que essa discussão não é uma discussão infrutífera ou não-pertinente.
Nós, enquanto oposição, entendemos que pagar oito mil reais por dois
computadores é usar mal o recurso público, e, por isso, fizemos uma singela
emenda nesse sentido: tiramos uma parte desse recurso para colocar em ações
para criança e adolescente. Não houve acolhida do Governo; o Governo acha que
deve pagar oito mil reais por dois computadores. O Governo indica 30 mil reais
para consultorias e 20 mil reais para diárias na Secretaria de Meio Ambiente.
Nós fizemos uma Emenda - nosso Líder, o Ver. Adeli - em nome da Bancada,
tentando contribuir para melhor utilizar os recursos públicos, onde
destinávamos grande parte desse recurso para a manutenção de parques e praças,
uma grande dificuldade dessa Gestão - por falta de recurso, por falta de
pessoal, por diminuição de horas extras. Também não houve acolhida dessa
Emenda, que nos parece uma Emenda muito razoável.
Então
nós estamos discutindo, sim, esses créditos especiais, porque eles não são,
Ver. Dib, tão claros assim, se comparados à realidade da Gestão nesta Cidade em
várias ou em quase todas as áreas; eles não correspondem a uma boa gestão, uma
potencialização da gestão.
Em
relação ao tema Fome Zero - e aqui está o Ver. Marcelo, que anda estudando
muito - que bom - e se dedicando a entender a aplicação do Orçamento -, que
hoje sai no jornal Diário Gaúcho, a situação encontrada tem razão de ser, pois,
na Governança Solidária, no ano de 2006, a rubrica, Ver. Dib, do gasto com
publicidade foi de um milhão 280 mil reais, e o previsto com o Programa Fome Zero
foi de 20 mil reais. Se este Governo, Ver. Dib, na sua avaliação, não faz
propaganda, o que ele faz com todo esse recurso? Agora, nós vimos propagandas
caríssimas dos Portais da Cidade, por exemplo. Belíssima propaganda, mas
inapropriada, Ver. Dib, porque a Cidade é contrária; o projeto não existe, o
debate não existe, contraria toda a Cidade atingida pelos Portais, e o Governo
faz propaganda até nos Estados Unidos, enquanto o Fome Zero não alimenta
ninguém na cidade de Porto Alegre. Isso é muito grave, Ver. Dib, muito grave! E
parece que a Prefeitura, agora, está preocupada, porque o Prefeito não é
conhecido, vai fazer uma nova carga de publicidade. O problema não é a
publicidade! Um Prefeito, para ser conhecido, tem que andar, o seu Secretariado
tem que estar onde a Cidade está, onde o povo está sentindo necessidade. Nesta
Cidade, se o Prefeito quiser ser conhecido, ele deve levar a sério o Orçamento
Participativo - ele vai ser superconhecido! Porque eu lembro - a Verª Margarete
deve lembrar - que nós não tínhamos noite sem que fôssemos às reuniões da
comunidade, não é, Verª Margarete? Ou eram as intermediárias do Orçamento
Participativo, ou as gerais do Orçamento Participativo, ou a prestação de
contas, ou o Conselho do Orçamento, ou a temática que nos chamava. E assim os
nossos Prefeitos, sempre dando conta, prestando contas, visitando região,
fazendo reunião, encaminhando, se tornavam extremamente conhecidos!
Nós
temos muita dificuldade de enxergar a necessidade desses créditos adicionais,
Ver. Mario Fraga, porque o que nós enxergamos é muita paralisia no Governo. Já
discutimos aqui telecentros, a grande dificuldade de os mesmos Telecentros
serem recolocados em funcionamento; as cozinhas do Fome Zero. Cadê as cozinhas?
Dois
anos elaborando projeto para construção das novas creches, previstas já na
nossa Gestão, várias creches: um ano para reconstruir, mais um ano para abrir.
E agora, às 17h30min, nós estaremos em reunião, de novo, sobre uma creche
fechada há dois anos e meio.
A
dificuldade de reação, de gestão, de construir soluções com a Cidade, com a
população, com a sociedade organizada, é a marca deste Governo. Por isso a
nossa posição coerente é que nós vamos votar contrariamente. Fizemos emendas e
estamos fazendo debates. Achamos que não se justificam esses créditos
adicionais em muitos elementos, porque não contribuem com a Cidade; uma Gestão
que, lamentavelmente, apenas desacumulou em relação ao que a Cidade vinha
construindo.
(Não
revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTE (Maria Celeste): A
Verª Clênia Maranhão está com a palavra para discutir o PLL nº 008/07.
A
SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Srª
Presidenta, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, apesar de terem sido discutidos os temas mais
diversos, na verdade o que está em processo de discussão nesta Casa é um
Projeto, de autoria do Executivo, que trata da questão dos créditos adicionais
no valor de 5 milhões e 585 mil reais, o qual foi encaminhado a esta Casa. Já
tivemos uma Reunião Conjunta com o Relator, já aprovamos isso na Comissão.
Parece que alguns Vereadores não entenderam. Nós estamos falando é de uma
previsão de despesas, dos indicativos de despesa; nós não estamos falando aqui
da execução dessas despesas. Talvez alguém não tenha discutido corretamente,
porque não tenha lido o Projeto que está em discussão há vários dias nesta
Casa. Como já se falou de várias coisas, eu queria apenas dizer, até para que
os Vereadores não passem o constrangimento de falar coisas absurdas, que a
“consultoria de um banco” é do Banco Mundial. Banco Mundial - atenção! -, “o
Banco Mundial, que todo mundo já ouviu falar, já conhece”, e inclusive essa
consultoria não foi feita no nosso Governo. Se há críticas, elas devem ser em
relação ao Governo anterior, porque a consultoria do Banco Mundial não trata da
avaliação de governo. Quem tem o mínimo de informação sobre a área pública sabe
que a consultoria do Banco Mundial avalia os processos, os projetos, as
iniciativas e políticas públicas, e a avaliação do Banco Mundial também é feita
não diretamente com os membros, os funcionários públicos, mas com as entidades
da sociedade civil. Então eu gostaria que alguns Vereadores, antes de virem a
esta tribuna para fazer críticas a essas entidades, dissessem o nome dessas
entidades, tivessem a coragem de dizer o nome dessas entidades, porque eu acho
que isso é transparência, eu acho que isso, inclusive, faria com que eles
tivessem que se explicar com essas entidades as quais eles, anonimamente, aqui
denunciam.
E,
por último, eu queria dizer que é superimportante essa discussão, porque a
aplicação desses recursos é para as áreas fundamentais. É importante que nós
aprovemos isso, para que não haja prejuízo para a nossa comunidade, para a
população que mais precisa, porque o Projeto tem como objetivo buscar
autorização para abrir créditos especiais dirigidos a programas, por exemplo: a
receita-saúde, a realocação das despesas dos exercícios para atividades
administrativas gerais, para o pagamento de internação de pacientes em
hospitais oriundos de determinações judiciais, sentenças judiciais de pequenos
valores. Esses recursos estão definidos para projetos de Vizinhança Segura,
também na área do Orçamento Participativo. Pena que alguns Vereadores falem
tanto aqui do Orçamento Participativo e não tenham ido lá, porque, se tivessem
ido nos dois últimos anos, saberiam da presença constante do Prefeito José
Fogaça em todas as reuniões do Orçamento Participativo.
Agora,
não estamos muito preocupados com essa coisa de percentual, quem conhece o
Prefeito, quem não conhece o Prefeito; estamos preocupados - e estamos
inclusive comemorando - com os avanços que esta Cidade tem com as políticas
públicas da Gestão do Prefeito José Fogaça. Para nós, isso é que é importante.
As políticas da Gestão do Prefeito José Fogaça têm melhorado a condição de vida
das pessoas, porque é diferente do conceito do Governo Lula, que já gastou mais
de um bilhão de reais, e inclusive foi manchete de capa no jornal Folha de São
Paulo; o Governo que mais gastou na vida deste País com publicidade.
Mas
isso é outro jeito de fazer política, isso é outro jeito de fazer apresentação,
mais personalizada, não é a questão que nós estamos trabalhando em Porto
Alegre. Não é assim que trabalha a Prefeitura na Gestão do José Fogaça. Para
nós, o fundamental é a competência da Prefeitura. A política pública que tem
feito com que várias pessoas que não tinham casa tenham casa, várias pessoas
que não tinham creche tenham creche, várias pessoas que não tinham saneamento
básico tenham saneamento básico, isso, sim, para nós, é que é a visibilidade
fundamental.
(Não
revisado pela oradora.)
O
Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir o PLE nº 008/07.
O
SR. CARLOS COMASSETTO:
Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; colegas Vereadores e Vereadoras, senhores e
senhoras, nossos visitantes, sempre é bom fazermos essas discussões de Projetos
que dizem respeito a Orçamento, porque, no momento em que nós estamos aqui
discutindo este Projeto, de autoria do Executivo, que busca uma
complementação orçamentária para um conjunto de programas, ou melhor, uma
abertura de crédito especial para o Poder Legislativo no valor de cinco
milhões, 588 mil reais, nós podemos, Verª Clênia, discutir os projetos que
estão em andamento, para verificar se eles merecem essas complementações de
crédito e podermos aqui fazer, sim, a fiscalização e a cobrança.
Senhores e senhoras, eu gostaria de dizer o
seguinte: em 2006, Ver. João Antonio Dib e Ver. Professor Garcia, que é
Presidente da CEFOR, nós, aqui nesta Casa, um orçamento de 215 milhões de reais
para Investimento. O Executivo Municipal só gastou 84 milhões; menos de 40% do
que foi destinado aos programas e projetos.
(Aparte anti-regimental do Ver. João Antonio Dib.)
O SR. CARLOS COMASSETTO: Sim, Ver. João
Antonio Dib, o senhor, goste ou não, nós temos que discutir isso. Por quê?
Porque muitas das complementações que nós estamos buscando aqui para abertura
de créditos estavam no Orçamento e não foram gastas; o Secretário, quando veio
a esta Casa - são dados do Secretário Tatsch -, afirmou isso. Agora, dentro do
que foi feito gastando 100% do previsto, Ver. João Antonio Dib, Ver. Raul, um
milhão para a Publicidade foi todo gasto; um milhão e 400 mil para Consultoria,
Ver. Guilherme Barbosa, foi gasto. E qual é o resultado dessas consultorias?
Foi contratado, no primeiro ano, o Sr. Falconi, que iria fazer uma
grande reestruturação administrativa. Nós aprovamos aqui, sim, crédito para o
Executivo Municipal fazer essa contratação, e acordamos, naquele momento, que
nós queríamos ver o resultado dessa grande consultoria, sobre a Gestão
Integrada, do Sr. Falconi. Não conseguimos ver isso até agora.
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Vereador, pelo respeito profundo que
tenho a V. Exª, eu quero dizer que, na verdade, está havendo um deslocamento de
verba dentro dos programas do Governo; não se está aumentando o Orçamento da
Prefeitura em coisa nenhuma. Veja V. Exª que aqui diz: “código do Programa: 100
- Despesas de Exercício da Saúde - 2.350 reais, de exercícios anteriores”. De
onde ele tira? Das Vantagens Fixas de Pessoal Civil ele tira 2 mil e 350 reais
para fazer isso. É só deslocamento! Não estão criando novas receitas, e nós não estamos cuidando da execução
orçamentária.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Ver.
João Antonio Dib, com todo respeito que retribuo a V. Exª, V. Exª sabe que,
quando se faz um planejamento, é para executar, e Orçamento é para dar
sustentação a um planejamento. Orçamento não é para brincar de planejamento;
não é hoje apostar num projeto, e amanhã ter que mudar para outro.
Nós
queremos ver os projetos executados, e aí eu gostaria de trazer alguns dados
aqui. Nós estamos pedindo crédito, esse crédito complementar, ou de
deslocamento, como V. Exª bem diz, para o Projeto da SMAM - Porto Verde, de 50
mil reais. Nós fizemos uma Emenda aqui em 2006 e a aprovamos. Sabe qual foi o
gasto da SMAM nesse Projeto, no Orçamento de 2006? Zero! Bom, isso é ou não é
incompetência? Claro que é incompetência de gestão dos recursos públicos! Bom,
agora nós é que temos que nos debruçar sobre isso.
Eu
não quero nem falar do Projeto do valor do computador: por exemplo, isso é
computador com chip de ouro. Eu quero falar, sim, dos computadores do
telecentro. Quando se fala aqui em buscar mais 500 e poucos mil reais para os
telecentros, eu quero saber por que muitos dos 34 telecentros, que ficaram
funcionando em 2004, estão fechados.
Ver.
Mario Fraga, a presidência que V. Exª defendeu, da Associação dos Moradores da
Vila Nova, cujo telecentro foi fechado, em outubro do ano passado, deixou 200
crianças lá, à mercê do tráfico, na rua, é isso que eu quero saber; por que é
que não foram gastos esses recursos que nós aprovamos no Orçamento, e por que
os telecentros estão fechados?
Nós
iremos aprovar, sim, com as críticas que temos, mas temos o direito de vir à
tribuna cobrar a eficácia, a eficiência e a boa aplicação dos recursos públicos
da Administração Fogaça.
Portanto,
nós queremos saber e ter respostas, porque não basta nós aprovarmos recursos.
Nós queremos que isso seja aplicado, na prática, e que a Cidade possa bater
palmas para a eficiência e a eficácia. Infelizmente, a Cidade não está podendo
fazer isso hoje, e nós temos que vir para a tribuna fazer as críticas e
defender a boa Administração. Muito obrigado, Srª Presidenta.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. Marcelo Danéris está com a palavra para discutir o PLE nº 008/07, por
cedência de tempo do Ver. Aldacir Oliboni.
O
SR. MARCELO DANÉRIS:
Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, venho aqui debater com a Liderança do
Governo, a Ver. Clênia Maranhão, que vive numa cidade à parte da Cidade que nós
temos encontrado nas ruas de Porto Alegre. Ver. Comassetto, que há pouco
debateu aqui o tema, o Portal iG fez uma pesquisa com as três Prefeituras do
Sul: Curitiba, Porto Alegre e Florianópolis.
Ver.
Oliboni, já agradeço aqui, pela cedência de tempo, também ao Ver. Guilherme
Barbosa, que também nos escuta.
O
Portal iG contratou a Brasmarket, Verª Margarete Moraes, e fez uma
pesquisa com as três Capitais da Região Sul, e não encontrou essa Porto Alegre
que a Verª Clênia Maranhão vem dizer aqui, pelo seguinte: foi a pior
posicionada na pesquisa. A melhor foi Curitiba, a segunda melhor foi
Florianópolis e a terceira foi Porto Alegre, que em apenas um item foi
selecionada, pela pesquisa Brasmarket, com 1.800 pesquisados, entre o dia 7 e 9
de abril. O relatório diz assim: “Já Porto Alegre venceu em apenas uma categoria”.
Eu vou dizer aqui, olha, Curitiba, Ver. Guilherme
Barbosa, foi destacada na gestão por atendimento ao funcionário, postos de
saúde, instalações de saúde, meio ambiente, incentivo ao comércio e indústria,
trânsito, saneamento, água, transporte, prevenção, conservação de vias,
ampliação de vias, sinalização, honestidades fiscais e guarda municipal.
O Prefeito de Curitiba foi escolhido, tendo como
principal característica: o combate ao desemprego e incentivo ao progresso e
desenvolvimento.
Aí nós vamos ver Florianópolis, que na Pesquisa Brasmarket, na gestão obras, Ver. Todeschini, apoio à agricultura, assistência social, coleta de lixo residencial, merenda escolar, limpeza de vias, iluminação, educação, honestidades fiscais e guarda municipal. E o Prefeito foi destacado em quê? Capacidade, sensibilidade social, comando, simpatia e comportamento.
Porto
Alegre, na gestão opções de lazer e esporte. É a única em que Porto Alegre
ganhou. Prefeito: honestidade pessoal. Sequer a honestidade da Administração; a
honestidade pessoal. Só em uma categoria de gestão e em uma categoria de
Prefeito foi escolhida a Governança Fogaça aqui; o resto ficou para Curitiba e
Florianópolis, Ver. Luiz Braz e Ver. Sebenelo. Digo isso pelo seguinte: as
Prefeituras de Curitiba e Florianópolis são do PSDB - as duas Capitais - para
não dizer aqui que estou partidarizando o tema, porque sequer são gestões do
PT, mas deu de relho na Governança Fogaça, essa que se vê na televisão, na fala
da Liderança do Governo, mas o que a gente vê no noticiário do jornal é o
seguinte: Programa Fome Zero, parado; HPS, destruído praticamente; telecentros
parando; postos de saúde fechando; o lixo, nem se fala! O Ver. Comassetto
reforça aqui: o lixo é um abandono completo na capina, na limpeza. A continuação
das obras, aquilo que disseram que iriam continuar, sequer continuaram; corte
drástico no Orçamento - havia uma previsão de 215 milhões em investimentos,
segundo palavra do Secretário Municipal da Fazenda, não é deste Vereador,
aplicou-se, em 2006, apenas 84 milhões do previsto.
Agora
há, aqui, uma abertura de créditos especiais para a Prefeitura. E há quem ache
que não se deve discutir a gestão da Governança Fogaça; que a gente não tem que
vir aqui debater e mostrar para a população o que acontece, de fato, em Porto
Alegre: o abandono em que a Cidade está colocada, o seu ressentimento em
relação à ausência do Poder Público, à ausência do Sr. Prefeito; à falta de
investimentos; aos cortes no custeio; ao abandono de ações sociais de geração
de renda, e o Fome Zero.
Ora,
nós precisamos dizer o que de fato acontece em Porto Alegre, e não é dito por
este Vereador ou pela oposição; está sendo dito pela imprensa do Rio Grande do
Sul, inclusive com várias críticas da própria base do Governo Fogaça. Tanto que
agora começa uma correria para lançarem candidatos próprios, porque obviamente
vêem que o barco, a nau da governança Fogaça está afundando rapidamente.
Mas
quem está dizendo isso, por último, Ver. Todeschini, é a Pesquisa Brasmaket,
contratada pelo portal iG; não é uma pesquisa contratada pelo PT! Quem está
dizendo isso é a Brasmarket, contratada pelo portal iG: é a pior Prefeitura da
Região Sul, segundo essa pesquisa.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir o PLE nº 008/07, por cedência
de tempo da Verª Margarete Moraes.
O
SR. ADELI SELL: Cara
Verª Maria Celeste, colegas Vereadores e Vereadoras, já quero anunciar, pela
Liderança da Bancada do PT, que estou apresentando duas Emendas. Claro que com
modificações, com pensamento para ajudar a Cidade, já que não foram aceitas da
forma como nós fizemos. Nós reestudamos e vamos apresentar, agora, duas Emendas
para ver se a gente consegue sensibilizar a base do Governo, aqui representada,
para que a gente possa ajudar, mais uma vez, a Cidade, porque é bom que os
telespectadores saibam, que as pessoas que nos acompanham saibam que foi a
Bancada do Partido dos Trabalhadores - este Vereador, como seu Líder, que
participa das reuniões da Mesa e Lideranças - que pediu urgência, que pediu as
reuniões conjuntas da semana passada, porque esse Projeto entrou aqui, e nem a
base do Governo sabia do que se tratava, efetivamente.
Quero
aqui dizer que parece que o Ver. Garcia fez a correção no que tange à Câmara;
portanto, retiro essa questão, mas não o tinha feito. E digo mais: nós vamos
fazer um acompanhamento, porque temos como acompanhar pela Internet a questão
do Orçamento. Por isso que, inclusive, antes de nós recebermos o Balanço
consolidado que nos foi entregue num disquete, nós já havíamos nos pronunciado
a respeito, porque acompanhamos dia a dia, semana a semana, mês a mês, a
questão orçamentária.
E
o mais incrível é que nós temos colocado questões concretas, números, e não há
ninguém da base do Governo que tenha condições de nos desdizer. E nós vamos
continuar a fazer essas cobranças, porque, se o Governo tivesse tanta segurança
sobre os 20 mil reais de diárias, chegaria aqui, de peito aberto, como é a
tradição desta Casa, porque nós, quando fomos Governo, dizíamos para onde
íamos, o que iríamos fazer, e com justificativa; então seria também de bom
alvitre que quem é Governo agora fizesse a mesma coisa em respeito à oposição
que existe nesta Casa. Não é uma
oposição obscura, que faz manobras para que as coisas não sejam votadas. Por
exemplo, se pedíssemos a votação imediata e nos retirássemos, não haveria
quórum para a votação. Quem seria o prejudicado? O Governo, evidentemente, mas
seria prejudicada a Cidade, coisa que nós poderíamos fazer com manobras que são
possíveis de se fazer, mas o Ver. Dib sabe que não faremos isso.
A
Cidade precisa dos 500 mil reais do Governo Lula para comprar os computadores.
Como também a Cidade precisa das 24 cozinhas comunitárias; já há 19 estocadas,
desde novembro de 2004, quando ainda o Partido dos Trabalhadores era Governo, e
que as recebeu do Governo Federal. Por isso que o jornal Diário Gaúcho faz todo
esse estardalhaço hoje e mostra como as pessoas são prejudicadas em Porto
Alegre, porque a parte que cabe à Prefeitura, do Fome Zero, não está
funcionando, porque eu posso pegar, aqui, no site do Transparência
Brasil e dizer, nome por nome, todos os porto-alegrenses que recebem,
diretamente, dinheiro do Governo Federal. Essa que é uma postura de quem é
Governo e é responsável diante dos atos que faz. Por isso que nós estamos
insistindo, permanentemente, nessas questões que aqui se levantam, e não
adianta o pessoal da base do Governo ficar irritado, achar que nós estamos
ganhando tempo. Em alguns momentos, sim, nós estamos ganhando tempo para poder
discutir e fazê-los pensar se vão aceitar, por exemplo, as nossas Emendas, ou
não vão aceitá-las, porque nós achamos que com isso nós estamos contribuindo
com o bem da Cidade.
A
Emenda que eu fiz, por exemplo, foi destinando parte daqueles 50 mil reais, da
SMAM, para as praças, é evidente, porque quem mora no Centro conhece as praças,
como eu que convivo com a Praça da Matriz, com os turistas que passam ali com
freqüência. E, diga-se de passagem, o nosso ônibus de turismo, adquirido na
gestão do PT, faz aquele trajeto; inclusive ele faz todo o percurso em torno da
Praça para mostrar, exatamente para que as pessoas tirem foto da Catedral. O
problema é tirar fotos da Praça da Matriz, que hoje está tomada de lixo. Então
isso, sem dúvida nenhuma, é um grande problema, e nós temos que mostrar isso
para a Cidade. E eu queria, com a Emenda que fiz...
A
Srª Sofia Cavedon: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu queria apenas fazer um
comentário, Ver. Adeli, e tenho certeza de que V. Exª vai concordar comigo. Eu
acho que esses créditos especiais não são tão importantes assim para o Governo,
porque eu não vejo a base do Governo aqui presente para garantir a votação, em
quórum. Quero fazer este registro.
O
SR. ADELI SELL: Eu já
registrei, Verª Sofia, que, se não fosse a oposição ter pedido urgência, este
Projeto não estaria hoje sendo votado aqui. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir o PLE nº 008/07, por
cedência de tempo do Ver. João Carlos Nedel.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª
Presidenta, querida Verª Maria Celeste; minha cara Verª Sofia Cavedon, que está
entusiasmada; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, realmente eu tenho paciência.
Nós não estamos aumentando recursos no Orçamento da Prefeitura; nós estamos
fazendo deslocamentos. A Câmara Municipal não vai receber mais quatro milhões
de reais, vai tirar de um lado os quatro milhões de reais, que são da Câmara,
para a própria Câmara resolver de forma diferente. É a nova forma de
apresentação do Orçamento, em que a Prefeitura apresentou 21 Programas.
Anteriormente, o Crédito Especial teria que dizer qual a conta de Reserva de
Contingência, por exemplo. Agora, aqui, eu vou dar um exemplo só: Orçamento
Participativo, crédito: R$ 11.135,00 para despesas de exercícios anteriores;
recurso: Orçamento Participativo. Política de governança local: R$ 4.350,00;
mais outros serviços de terceiros de pessoa jurídica, do Orçamento
Participativo: R$ 6.785,00. Somem os dois, que dá os R$ 11.135,00. Nós não
estamos fazendo nada de novo; nós estamos ajustando, com deslocamentos, a
execução orçamentária.
Agora, é por isso que eu disse que tudo aquilo que
o PT falou ali, e que vai continuar falando, por certo, dá obrigação moral de
votar contra, e não é fazer críticas absurdas, sem nexo, para depois votar
“Sim”. Fica muito feio. É muito feio falar mal e votar a favor. E eu não quero
que os meus amigos do PT tenham esta exposição; eram tão maus na fala, e agora
são bons no...
O Sr. Adeli Sell: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. João Dib, a sua indicação de voto
para a Bancada do PT contribui, mas eu queria lhe dizer que a nossa Bancada vai
votar contra; vai dar quórum, porque nós não queremos prejudicar o Município,
mas nós vamos votar contra, porque aqui há um diálogo impressionante. A
oposição tem mais Vereadores no plenário - e são só nove - do que os vinte e
seis da situação. É impressionante, é um interesse impressionante em votar as
coisas da Cidade, e nós temos a responsabilidade, nesta Casa, de mostrar o que
está acontecendo. Não é por que tem vinte e seis a nove que a situação vai
passar uma retroescavadeira na gente. Nós tínhamos que estar passando
retroescavadeira em alguns lugares da Cidade, que estão cheios de buracos.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Nobre Ver.
Adeli Sell, eu fico honrado com o aparte de Vossa Excelência. Eu quero ver
acontecer tal fato, e dou razão a V. Exª; a situação não está sempre presente
no plenário, e que o PT está presente sempre, mas eu também estou presente, do
início ao final de casa Sessão, e como eu, há outros Vereadores. Agora, eu sou
lógico, eu sou sensato, eu sou responsável nas colocações que faço, e não digo
que está tudo errado, e depois voto a favor. Eventualmente eu também me
posiciono contra as posições do Executivo, mas, quando eu me posiciono contra,
eu voto contra, eu não falo que está errado e voto a favor, de jeito nenhum.
Portanto eu fico muito contente com o aparte de V.
Exª, porque veio esclarecer tudo aquilo que eu queria. A minha paciência valeu.
Saúde e PAZ.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Apregoamos a Emenda de nº 03 ao PLE nº 008/07, que (Lê.): “Autoriza a
abertura de crédito especiais nos Poderes Legislativo e Executivo Municipais,
no valor de R$ 5.588.834,00 (cinco milhões quinhentos e oitenta e oito mil
oitocentos e trinta e quatro reais), e dá outras providências. Reduz, no PLE nº
008/07, o crédito lançado para classificação prevista para o Programa 109 -
Lugar da Criança é na Família e na Escola, e inclui crédito para a
classificação no Programa 101 - Bem-me-quer, mantendo a mesma origem dos
recursos, conforme segue: O Art. 1º - Crédito: Projeto Integração de atenção a
Crianças e Adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Órgão executor -
FASC. Equipamentos e Material Permanente. R$ 6.000.00. Recurso livre da
Administração Direta.Crédito: Serviço de apoio Socioeducativo - SASE. Órgão
executor - FASC. Outros Serviços de Terceiros, Pessoa Jurídica. R$ 2.000,00.
Recurso livre da Administração Direta. Recurso: Programa 109 - Lugar da Criança
é na Família e na Escola. Órgão executor - FASC. Projeto Integração de atenção
a Crianças e Adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Outros Serviços
de Terceiros - Pessoa Jurídica. R$ 8.000,00. Recurso livre da Administração
Direta. Sala se Sessões, 02 de maio de 2007. Assina o Ver. Adeli Sell, Líder da
Bancada do PT.”
O Ver. Elói Guimarães
está com a palavra para discutir o PLE nº 008/07.
O SR. ELÓI GUIMARÃES:
Srª Presidenta, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, eu vi aqui um conjunto de discursos e aí saquei da minha
tribuna o Orçamento; tirei o Orçamento, Ver. João Antonio Dib, lá da minha
gaveta, para examinar todos os programas que nós autorizamos e que agora estão
sendo aplicados e onde há uma relocação de recursos, mas em cima de dotação. Não há crédito especial, se não houver
dotação. Então, é algo surrealista o que nós estamos assistindo hoje aqui. A
menos, Ver. João Antonio Dib, que não se queira aplicar os programas, aqui, em
60% vinculados à Saúde. No demais, à Educação. E nós já aprovamos nesta Casa.
Eu vou pegar alguns Processos que aprovamos aqui, créditos especiais, em uma
página e meia. Numa página e meia, esta Casa já votou créditos especiais.
O
Prefeito é extremamente detalhista, ele capilariza, quando expõe o Projeto. Eu
vou pegar apenas um item: matéria orçamentária que nós já aprovamos. Não
entendi a discussão aqui. Agora, se nós quisermos votar contra este Projeto,
nós podemos votar, mas vão cometer, aqui, uma profunda contradição, porque nós
já aprovamos isso.
No
programa Receita é Saúde, programa que nós aprovamos, há orçamento, há dotação
orçamentária, os elementos criados, o valor global 116 mil e 85 reais,
objetiva: primeiro, realocação do elemento Despesa dos exercícios anteriores,
que geralmente estavam alocados na atividade administração geral, em diversas
atividades, o valor global de 16 mil, 885 reais; B) O pagamento de internações
de pacientes em hospitais privados, oriundos de determinações judiciais, no
valor global de 95 mil reais. É detalhado. C) O pagamento de sentenças
judiciais de pequeno valor, no Hospital de Pronto Socorro, no valor de 4 mil e
200 reais. Depois, vão-se desdobrando os programas. Isto aqui nós autorizamos.
E só se fala em crédito especial, se houver dotação; do contrário, não existe
crédito especial.
Então,
eu não estou entendendo. Se efetivamente se quer debater a questão da
administração e a questão da limpeza na Cidade, a questão das praças, etc,
etc., parece-me que este não é o terreno próprio, porque aqui 60%, 70% é
matéria vinculada à Saúde, são programas estabelecidos no Orçamento.
O
Sr. João Antonio Dib: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Elói Guimarães,
como se pode ver, são apenas deslocamentos dentro dos próprios programas. Não
há crédito especial novo e por conta de excesso de arrecadação como faziam no
passado, e o excesso de arrecadação, às vezes, não se realizava.
O
SR. ELÓI GUIMARÃES: Sou
grato a Vossa Excelência. O que nós estamos votando aqui é um crédito especial,
realocação de recursos, onde 60%, 70% se trata de Saúde; tem questão ligada à
Educação, etc.
Então
a discussão contra o Prefeito pode ser feita, é verdade, mas aqui nós já
autorizamos. Eu ouvi uma série de discursos e fui ver, efetivamente, se esses
programas estavam autorizados no Orçamento para 2007. Estão autorizados. Está
ali autorizada a sua execução. Agora, se votarmos contra, aí é um voto,
evidentemente, descolado da matéria-objeto deste Projeto de origem executiva.
Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
(O
Ver. Aldacir Oliboni assume a presidência dos trabalhos.)
O
SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): A
Mesa apregoa a Emenda n° 4, ao PLE n° 008/07, do Ver. Adeli Sell, que (Lê.): “Autoriza
a abertura de créditos especiais nos Poderes Legislativo e Executivo
Municipais, no valor de R$ 5.588.834,00 e dá outras providências. Emenda nº 4:
Reduz, no PLE n° 008/07, os créditos lançados para as classificações n°s
2004-18.0122.114.2365 e 2004-18.0122.114.2365, previstos para Programa 114 -
Porto Verde, e inclui o crédito para classificação n° 2001-18.0541.114.2379, no
Programa 114 - Porto Verde, mantendo-se as mesmas origens dos recursos,
conforme segue...”.
Em
votação a dispensa do envio das Emendas nº 03 e nº 04 ao PLE nº 008/07 às
Comissões. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADA.
O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para discutir o PLE nº 008/07.
O
SR. GUILHERME BARBOSA: Sr.
Presidente, Ver. Aldacir Oliboni; colegas Vereadores e Vereadoras, é um momento
importante; nós estamos discutindo o Orçamento da Cidade, e, como já disseram
alguns, se trata de realocação de recursos. E é uma boa oportunidade, sim, de
avaliar o Orçamento do Município e fazer propostas para melhorar esse
Orçamento.
O
que nós estamos vendo, por um lado, é uma situação autoritária que, por sua
base de apoio ao Governo, não abre nenhuma possibilidade de Emendas. Como já
disse o nosso Líder Adeli Sell, são Emendas importantes que colocam recursos de
políticas sociais para o Município, mas a base de apoio ao Governo não abre
nenhuma possibilidade de aceitar as Emendas. Emendas sérias.
E
também destaco que este Projeto está sendo votado agora, porque a Bancada de
oposição se deu conta de que ele estava na Casa e pediu tramitação rápida,
porque o apoio ao Governo nem sabia que o Projeto estava na Casa.
É
importante registrar: nós somos duros na crítica, sim, seremos oposição dura,
mas leal, e sempre trabalhando pela Cidade.
Agora,
o que nós estamos vendo aqui é isto: emendas com poucos valores, que retiram de
um local para outro, para colocar para políticas sociais, não têm possibilidade
de ser aceitas pela oposição. Nós, quando éramos Governo - e eu fui Líder da
nossa Bancada -, aceitávamos várias emendas da oposição. Isso não está
acontecendo. Há conversa, mas, quando chega na hora de aceitar uma pequena
modificação, não aceitam.
Quero
dizer ao Ver. Elói Guimarães, Presidente da CUTHAB, que ele leu errado o
Projeto, porque é muito pouca coisa na Saúde, é um percentual baixíssimo; a
maioria das modificações se localiza na FASC.
(Aparte anti-regimental.)
O SR. GUILHERME BARBOSA: Ah, sim,
social, mas não na área da Saúde; é bem diferente! Educação é bastante
significativa, na FASC, e também essas modificações. Mas vamos votar, e pena
que o Ver. João Dib não está aqui neste momento, porque ninguém define o nosso
voto. O Ver. Dib, se queria nos constranger, não conseguiu nem vai nunca nos
constranger. Quero dizer ao Ver. João Dib, também, que tenho boa memória, e
várias vezes ouvi o Vereador aqui se orgulhar de não ter viajado enquanto era
Prefeito, de não ter saído do Município, porque não precisava. E ele controlava
as viagens dos nossos Prefeitos; agora, o Prefeito Fogaça viaja - e viaja
bastante -, e ele não faz nenhum controle dos dias em que o Prefeito Fogaça
viajou, e agora defendeu a viagem dos funcionários. Se ele não defendia na
nossa época as viagens do Prefeito, agora está defendendo as viagens dos
funcionários. Tenho boa memória também, não só o Ver. João Dib!
Por último, quero dizer que sei que o que estamos
vendo e o que foi dito aqui. Estávamos ouvindo uma explanação do Sindicato dos
Hotéis e Bares, que, junto com a Prefeitura, elaborou um programa para o
desenvolvimento do turismo em nossa Cidade, pensando no turismo daqui a 20 anos
e no crescimento da atividade turística em Porto Alegre. Um bom trabalho,
inclusive, bem feito. Estávamos vários Vereadores que estão aqui presentes, e,
de repente, o senhor que apresentava o estudo colocou que tinha dois itens que
podiam impactar aquele estudo e não deixar que fosse adiante: a segurança
pública e o lixo na Cidade. Foi feita uma pesquisa na Cidade para aquele
estudo; então, a questão de que a capina caiu, o recolhimento é uma bagunça,
não tem mais horário, já foi resultado de um estudo técnico.
Já ouvi aqui, Vereadores Luiz Braz e João Carlos
Nedel, que essa empresa que foi licitada teria relações com um ex-Prefeito
nosso. Aliás, vai ter que explicar ao Ministro Tarso Genro que relações são
essas. A empresa foi licitada, era a mesma empresa que era pontualíssima no
recolhimento do lixo, que no meu prédio passava entre oito e meia e nove horas,
sempre, e que agora passa às 4 da tarde. E o horário é às 9 horas! A mesma empresa!
O que significa isso? Completa incapacidade gerencial. Não é à-toa que o Jornal
do Comércio, no dia 27 de março, apresentou esta foto em que aparece o Prefeito
e duas pessoas. (Mostra fotografia.) E diz assim: “Ouvindo o povo”. Duas
pessoas, o Prefeito ouvindo o povo, e uma das pessoas, que é o povo, é o
assessor Pascoal! Depois desta fotografia, veio a revista Voto, que mostrou que
30% da Cidade não conhece o Prefeito; e agora essa pesquisa do site iG. É isso.
Na verdade, a Administração é muito pobre. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): Não há mais
quem queira discutir. (Pausa.) Em votação o PLE nº 008/07. (Pausa.) O Ver.
Adeli Sell está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 008/07.
O SR. ADELI SELL: Ver. Oliboni, na presidência dos
trabalhos; colegas Vereadores e colegas Vereadoras, em nome da minha Bancada, a
responsável Bancada do Partido dos Trabalhadores soube ter a preocupação com a
Cidade e verificou que havia um Projeto do Executivo que tratava desses
créditos, porque havia saído uma matéria nos jornais, dizendo que a Câmara
trancava a aprovação de um Projeto que liberaria 500 mil reais do Governo Lula
para comprar computadores para os telecentros. Pois era mentira; a Câmara não
estava trancando nada, porque o Projeto entrara no dia 3 de abril, e, portanto,
hoje estamos completando o 29º dia e, em tempo recorde, nós estamos aprovando o
Projeto, em tempo recorde! Cumprimos as pautas. A Bancada do Partido dos
Trabalhadores tem dado todos os acordos para correr Pauta numa única Sessão,
todos os Projetos de interesse do Executivo. Todos os Projetos do Executivo
foram aqui aprovados. Não houve, de nossa parte, nenhum movimento para trancar
qualquer Projeto. Agora, o que me chama atenção é a insensibilidade da
Liderança do PPS, que nem veio discutir com a nossa Bancada o nosso voto. É um
negócio impressionante! A primeira coisa que fazia a minha Bancada, quando era
Governo, era discutir com a oposição o voto, para aprovar, para garantir
maioria. Se nós saíssemos do Plenário, o Projeto não seria votado. Mas nós
vamos ficar no Plenário. Nós pedimos urgência, mas não peçam que votemos a
favor, quando nem duas míseras Emendas, que mexem em duas questões importantes;
uma é o dinheiro que será botado fora... Nem isso vocês, que são da base do
Governo ou que lideram o Governo... Se há Liderança do Governo, porque ninguém
conversa conosco; parece-nos que não tem Liderança do Governo aqui! Então, a
minha Bancada, a Bancada responsável do Partido dos Trabalhadores dará quórum,
votará contra como uma forma de protesto, porque nós não estamos aqui para
brincadeiras! Nós garantimos quórum, nós estamos trabalhando, nós estamos
mostrando que há equívocos no Projeto. Eu nem falei outra questão, porque eu
tenho minhas dúvidas, e vou consultar um Contador - até fico impressionado que
o Ver. João Carlos Nedel não tenha se manifestado sobre um Projeto
orçamentário, ele, que é Contador! Eu não encontrei - posso estar com algum
problema nas minhas leituras - uma janela para receber os 500 mil reais, e em
que ponto isso entrará no Orçamento. Como eu não tenho segurança, e tenho a
modéstia, a franqueza, a humildade de confessar limites numa discussão como a
que estamos fazendo agora, eu venho aqui dizer com toda a tranqüilidade: eu
poderia ter feito toda uma discussão - “não tem; não encontrei; onde está; etc.
e tal”. Não. Talvez tenha, eu estou atento. Mas convenhamos, a situação está
mal, muito mal em todos os sentidos. A Cidade está mal, nós estamos gastando o
dinheiro de forma irresponsável, com consultorias; terceirizações; publicidade,
coisas que não têm nada a ver com o peixe. Enfim, nós estamos aqui para,
claramente, marcar a posição de quem gosta de Porto Alegre, ama esta Cidade, e
oposição responsável somos nós que estamos fazendo o bem para Porto Alegre. Por
isso a Bancada do PT vota contra! Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
(A Verª Maria Celeste reassume a presidência dos trabalhos.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em
votação nominal, por solicitação dos Vereadores Adeli Sell e João Antonio Dib,
o PLE nº 008/07. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 21
votos SIM e 09 votos NÃO.
Em
votação nominal, solicitada pelo Ver. João Antonio Dib, a Emenda nº 03 ao PLE
n.º 008/07. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 09 votos SIM
e 21 votos NÃO.
Em
votação nominal, solicitada pelo Ver. João Antonio Dib, a Emenda nº 4 ao PLE nº
008/07. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 09 votos SIM
e 21 votos NÃO. (Palmas.)
O
SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO (Requerimento): Srª Presidente, solicitamos inversão da ordem de votação,
para que votemos agora, em respeito às autoridades do escotismo que estão aqui
nos acompanhando, o PLL nº 240/06.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 5838/06 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 240/06, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que determina,
no âmbito do Município de Porto Alegre, que o ano de 2007 seja denominado Ano
pela Paz, em comemoração ao centenário do Movimento Escoteiro.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Nereu D'Avila: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia, por força do art. 81 da LOM, em 11-04-07.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Em discussão o PLL nº 240/06. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação
o PLL 240/06. (Pausa.) O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 240/06.
O
SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Verª
Maria Celeste, na presidência dos trabalhos; Ver. Sebenelo, apenas um minuto em
respeito às autoridades que eu vou citar, que representam o escotismo - somente
nesse sentido, por favor. Estão aqui acompanhando esta votação o Sr. Carlos
Eduardo Chaise, Presidente da União dos Escoteiros do Brasil; o Sr. Nelson
Fernando Prestes da Silva, do Grupo Escoteiro Bento Gonçalves; o Sr. Ricardo
Guerra Lazzarotto, do Grupo de Escoteiros do Mar Passo da Pátria; o Sr.
Guilherme Costa, do Grupo de Escoteiros 20 de Setembro, e o Sr. Alain Cássio
Luís Beiersdorf, do 8º Distrito Escoteiro.
Senhoras
e senhores, todos nós conhecemos o trabalho que o escotismo faz em nossa
Cidade, iniciando pelas crianças e com os jovens - todos nós aqui conhecemos.
Como todas as Lideranças concordaram, atendendo ao nosso pedido de votar
primeiramente este Projeto, nós, então, estamos concluindo aqui o nosso
pronunciamento em respeito às Lideranças desta Casa. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº
240/06.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª
Presidenta, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu sempre saúdo os meus
semelhantes dizendo: Saúde e PAZ! Se eu tivesse que dizer uma única palavra,
diria “paz”, porque quem tem paz tem tudo que um indivíduo pode almejar. Mas o
que nós precisamos, realmente, é paz no mundo, e é o que propõe o Ver.
Bernardino Vendruscolo. Portanto: Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Adeli Sell está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 240/06.
O
SR. ADELI SELL: Verª
Maria Celeste, colegas Vereadoras e Vereadores, uma frase: a Bancada do PT,
Ver. Bernardino, apóia integralmente sua proposição, da mesma forma que o Ver.
João Antonio Dib, na busca da solidariedade, ajuda mútua entre as pessoas e,
principalmente, pela paz e pela harmonia, votamos Sim. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTE (Maria Celeste): Em
votação o PLL nº 240/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
Nº 4002/06 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 026/06, que altera a
redação do inciso IV da Lei nº 7.084, de 11 de junho de 1992, que condiciona a
contratação de obras, projetos, serviços e fornecimentos ao Município de Porto
Alegre à apresentação dos documentos que arrola, e revoga a Lei nº 8.874, de 08
de janeiro de 2002. (exclui exigência de Certidão Negativa de Infração ao
disposto no inciso XXXIII do art. 7º da CF)
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Paulo Odone: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Ver.ª Manuela d'Ávila: pela rejeição do Projeto;
- da CEDECONDH.
Relator Ver. Carlos Todeschini:
pela aprovação do Projeto.
Observações:
- incluído na Ordem do Dia em 14-12-06;
- discutiram a matéria os Vereadores C.Maranhão e A.Sell, em 22-02-07.
A
SRA. PRESIDENTE (Maria Celeste): Em
discussão o PLE nº 026/06.
Apregoamos
o Requerimento de autoria da Verª Clênia Maranhão, que solicita o adiamento da
discussão do PLE nº 026/06 por uma Sessão. Em votação (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 4901/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 235/05, de autoria do Ver.
Claudio Sebenelo,
que institui a Semana de Conscientização do Planejamento Familiar a ser
realizada, anualmente, no mês de outubro, que passa a integrar o Calendário de
Eventos Oficiais de Porto Alegre. Com Emendas nºs 01 e 02.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto e das Emendas nºs 01 e 02;
-
da CEFOR. Relatora Ver.ª
Maristela Meneghetti: pela aprovação do Projeto, da Emenda nº 01 e pela
rejeição da Emenda nº 02;
-
da CUTHAB. Relatora Verª
Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01 e Relator Ver.
João Bosco Vaz: pela aprovação da Emenda nº 02;
-
da CECE. Relatora Verª
Manuela d'Ávila: pela aprovação do Projeto e das Emendas nºs 01 e 02;
-
da COSMAM. Relatora Verª
Mônica Leal: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01 e Relator Ver. Dr.
Raul: pela aprovação da Emenda nº 02.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 18-04-07.
A
SRA. PRESIDENTE (Maria Celeste): Em
discussão o PLL nº 235/05. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação
nominal, solicitada pelo Ver. Guilherme Barbosa, o PLL nº 235/05 (Pausa.) (Após
a apuração nominal.) APROVADO por 21
votos SIM e 02 ABSTENÇÕES.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1955/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 077/06, de autoria do
Ver. Mauro Pinheiro, que institui, no Município de Porto Alegre, o Programa
Integrar, de fomento às redes associativas dos micros, pequenos e médios
comerciantes e produtores rurais, agroindustriais e artesanais.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Nereu D'Avila: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Adeli Sell: pela aprovação do Projeto;
-
da CEDECONDH. Relatora Verª Margarete Moraes: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 28-03-07.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em
votação o Requerimento, de autoria do Ver. Adeli Sell, para o adiamento da
discussão do PLL nº 077/06 por uma Sessão. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
Nº 0597/00 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 001/00, de autoria do Ver. Juarez Pinheiro, que
dá nova redação ao caput do art. 7º
da Lei Complementar nº 320, de 02 de maio de 1994. (denominação de logradouros)
(desarquivado pelo Ver. Carlos Comassetto)
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica ao
Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Raul Carrion: pela
aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Ver.ª Manuela d'Ávila: pela aprovação do Projeto;
- da CEDECONDH.
Relatora Ver.ª Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82, § 1º, I, da LOM.
- incluído na Ordem do Dia em 12-09-05.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em
discussão o PLCL nº 001/00. (Pausa.) O Ver. João Carlos Nedel está com a
palavra para discutir o PLCL nº 001/00.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL:
Srª Presidenta, Vereadores e Vereadoras, este Projeto está na Casa desde 2000,
é de autoria do então Ver. Juarez Pinheiro, e foi desarquivado pelo Ver. Carlos
Comassetto. O que quer dizer este Projeto, Verª Maria Luiza? Nós, Vereadores,
podemos denominar logradouros em Porto Alegre. Se o logradouro for cadastrado,
não precisamos pegar assinaturas, de casa em casa, dos moradores desse
logradouro. É uma prerrogativa muito antiga dos Vereadores. Esses logradouros
cadastrados são aproximadamente 5% dos logradouros em disponibilidade; 95% dos
logradouros em disponibilidade são não-cadastrados, ou seja, precisa-se passar
na comunidade, pegar todos os detalhes, as assinaturas, o abaixo-assinado das
pessoas que concordam. Este Projeto retira a possibilidade de o Vereador
denominar; dessa forma, 100% dos projetos têm que passar pela comunidade. Só
que o Vereador é o representante da comunidade, e ele é responsável por isso.
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. João Carlos Nedel, o Vereador tem que
ter sensibilidade e capacidade de resposta. Ele deve sentir os anseios da sua
coletividade, sem que tenha que buscar abaixo-assinado e outras coisas. Quando
ele coloca o nome, sempre dá certo.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Exatamente,
Vereador.
O Sr. Nereu D’Avila: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Agradeço, para dizer a V. Exª que concordo
integralmente com a argumentação de V. Exª e que estou estranhando que o
próprio Vereador que pediu o desarquivamento do Projeto não esteja concorde com
que se vote. E nós, aqui, votaremos para retirar poderes de nós mesmos? Ora,
daqui a um pouco, nós vamos ter que ir para o Orçamento Participativo para
botar nome de rua!
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: E depois,
Vereadores, Verª Maria Luiza, V. Exª, que está há pouco tempo nesta Casa e é
uma Vereadora que está trabalhando com muito afinco e dedicação - eu queria
cumprimentá-la -, nós temos aproximadamente dois mil logradouros para serem
denominados: becos, ruas, acessos, passagens. Dois mil sem denominação; 95%
desses logradouros são não-cadastrados. Então, 1.900 são não-cadastrados, nós
temos que passar pela comunidade. Aproximadamente com relação a apenas cem - e
olhem lá, os cem às vezes não estão disponíveis - nós podemos, sob nossa
deliberação e responsabilidade, denominar. É claro que o Vereador responsável
consulta as lideranças, mas também tem um outro lado: eu estou há três anos
para denominar uma rua, e os líderes da comunidade não querem. Então, a rua permanece sem nome; os
comerciantes estão com inúmeras dificuldades, e não se pode colocar o nome.
Então, toda a comunidade está prejudicada, porque um ou outro líder não quer.
Eles dizem: “Não, eu não quero, porque eu tenho que mandar para um certo
Vereador, e não para o senhor”. Está bom, então mandem. Então, vejam, está
trancando a comunidade, trancando o desenvolvimento, porque não tem CEP, o
endereço não é encontrado.
Nós
tínhamos, por exemplo, Vereadora - agora eu não posso precisar -, 232 “ruas
dois”, em Porto Alegre. É a que mais existe sem denominação. Só na Restinga, há
16; no bairro Mário Quintana, há vinte e tantas ruas dois. Como é que as
pessoas vão se encontrar? E nós precisamos ser responsáveis.
Então,
esse Projeto, no meu entendimento, vem contra a liberdade dos Vereadores, e
isso não pode acontecer. Nós temos que manter as nossas prerrogativas e as
nossas responsabilidades, Ver. Elói Guimarães. Ele vem contra a atividade do
Vereador, retira a possibilidade de o Vereador denominar ruas sob sua
responsabilidade, deixando essa responsabilidade sempre para os moradores, para
os líderes comunitários, já que isso ocorre em 95% das vezes, e em apenas 5%
das vezes nós temos assegurada a nossa liberdade. Muito obrigado, Srs.
Vereadores e Sras. Vereadoras.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. CARLOS COMASSETTO (Requerimento):
Srª Presidenta, eu tive o prazer de solicitar o desarquivamento do Projeto que
está em discussão, o PLCL nº 001/00, de autoria do Ver. Juarez Pinheiro. Eu
acho que é um Projeto que merece uma discussão mais elaborada entre nós. Então
eu estou pedindo o adiamento da discussão por uma Sessão, para que nós possamos
conversar com as demais Bancadas e podermos trabalhar de maneira mais efetiva.
Muito obrigado.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Carlos Comassetto, solicitando o
adiamento da discussão do PLCL nº 001/00 por uma Sessão. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª Presidente, solicito verificação de quórum.
A SRA. PRESIDENTE (Maria Celeste): Solicito abertura do painel eletrônico, para
verificação de quórum, solicitada pelo Ver. Elói Guimarães. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) Onze Vereadores presentes. Não há quórum.
Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 17h32min.)
* * * * *